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Foto: Divulgação

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) inaugurou, na manhã de quinta-feira (16/10), a sede do Projeto “João Pedro Vive” (JP Vive), em Itaoca, no Complexo do Salgueiro, com a presença de cerca de 50 pessoas. A iniciativa, realizada em parceria com a CEDAE, homenageia o menino João Pedro Matos Pinto, morto em 2020 durante uma operação policial na comunidade.

Com duração inicial de 12 meses, o projeto tem como objetivo promover a equidade de gênero e raça entre crianças e adolescentes, além de incentivar a inclusão social e cultural com ações antirracistas e afirmativas nas periferias de São Gonçalo.

A sede do “JP Vive” foi instalada em um antigo posto de saúde desativado há cerca de 20 anos, cedido gratuitamente pelo casal de aposentados Edivaldo e Selma Cardozo, moradores históricos de Itaoca. O espaço foi reformado e adaptado para abrigar atividades culturais, oficinas, cursos e rodas de conversa, que serão conduzidas pela assistente social Luciana Vasconcellos e pelos educadores Emanuelle Cristine e Aureo Muller.

“O projeto busca fortalecer os vínculos comunitários e contribuir para a implementação de políticas afirmativas nas periferias”, destacou Luciana Vasconcellos.

Durante a cerimônia, os pais de João Pedro, Rafaela Matos Pinto e Neilton da Costa Pinto, foram homenageados com uma moção de aplausos e participaram do descerramento de uma arte em grafite, assinada por Gláucio Vênus, com a imagem do menino.

 

A gestora do MMSG, Marisa Chaves, ressaltou o caráter simbólico do projeto:

“O JP Vive é mais do que uma homenagem. É um espaço de luta, afeto e reconstrução. Transformamos a dor em mobilização social e reafirmamos nosso compromisso com a vida, a justiça e os direitos das crianças e adolescentes”, afirmou.

A cerimônia contou ainda com a presença de Verônica Cristina, coordenadora do programa CEDAE Por Elas, da psicóloga Maria Gabriela Marques, e de representantes de instituições públicas e movimentos sociais.

“O ‘JP Vive’ mostra a força das parcerias e da atuação em territórios desafiadores. Mais que um apoio financeiro, é um compromisso com a transformação social”, disse Verônica Cristina.

O evento incluiu apresentações artísticas do MC Draco, com um freestyle em homenagem a João Pedro, e do flautista Nilis Caetano, da Orquestra da Grota (Niterói). A psicóloga Patrícia Muniz, do Projeto Vozes Periféricas, encerrou com a leitura de um manifesto antirracista.

Desde 1989, o Movimento de Mulheres em São Gonçalo atua na defesa dos direitos humanos e no enfrentamento de todas as formas de violência e discriminação.

 

Serviço:

Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG)

Rua Rodrigues Fonseca, 201 – Zé Garoto, São Gonçalo

Tel.: (21) 2606-5003 / (21) 98464-2179

Atendimento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

 

Foto: Divulgação

 

Fonte: Charles Rodrigues

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