Fique atento aos sinais do AVC (Foto: Divulgação)
O Dia Mundial do AVC, celebrado em 29 de outubro, chama atenção para uma das doenças que mais matam no mundo. O acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame, é responsável por mais de 84 mil mortes anuais no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). No cenário global, são cerca de 12 milhões de novos casos por ano, dos quais até 90% poderiam ser evitados com ações preventivas e controle dos fatores de risco.
Diante deste cenário preocupante, o médico neurologista Marcos Alexandre, do Hospital Mater Dei Goiânia, desenvolveu o método inédito chamado “SALVE”, uma ferramenta simples e eficaz que auxilia na identificação rápida dos sintomas de AVC. O acrônimo representa os cinco principais sinais de alerta: Sorriso, Abraço, Linguagem, Visão e Equilíbrio.
“O objetivo é facilitar o reconhecimento dos sintomas tanto por profissionais quanto pelo público em geral. Cada minuto conta quando falamos de AVC — a rapidez no atendimento é determinante para o desfecho do paciente”, explica o médico.
O método SALVE usa uma sigla que facilita a lembrança dos sintomas principais:
S – Sorriso: Peça para a pessoa sorrir. O sorriso está torto ou o rosto parece caído de um lado?
A – Abraço: Peça para levantar os dois braços. Um deles cai ou não se movimenta bem?
L – Linguagem: Peça para repetir uma frase simples. A fala está enrolada, confusa ou difícil de entender?
V – Visão: Há dificuldade de enxergar com um dos olhos ou visão embaçada repentina?
E – Equilíbrio: A pessoa está tonta, com dificuldade para andar ou manter-se em pé?
“Esses sinais devem ser reconhecidos imediatamente. O tempo é o cérebro. Cada minuto sem atendimento representa a perda de milhões de neurônios”, alerta o especialista.
No Brasil, 80% dos AVCs são do tipo isquêmico, causados pela obstrução de uma artéria cerebral, enquanto 20% são hemorrágicos, decorrentes do rompimento de um vaso. O tratamento difere conforme o tipo, mas em ambos os casos a intervenção precoce é essencial. Procedimentos como trombólise ou trombectomia precisam ser realizados dentro de uma janela de até 4,5 horas após o início dos sintomas.
Entre os principais fatores de risco estão a hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e sedentarismo — todos passíveis de controle com acompanhamento médico e hábitos saudáveis.
“A prevenção é uma ferramenta poderosa. Manter consultas regulares, alimentação equilibrada e atividade física reduz muito as chances de desenvolver um AVC”, reforça o especialista.
Estrutura de ponta para atendimento integral no Hospital Mater Dei Goiânia
O Hospital Mater Dei Goiânia conta com uma estrutura moderna e completa para o atendimento de pacientes com AVC, preparada para garantir respostas rápidas e eficientes em casos de urgência. São 90 leitos operacionais, sendo 35 destinados à Unidade de Terapia Intensiva (neonatal, pediátrica e adulta), além de centro cirúrgico com 11 salas equipadas para procedimentos de baixa, média e alta complexidade. O hospital dispõe ainda de recursos avançados de neuroimagem — como tomografia e ressonância magnética — e atendimento 24 horas em neurologia, urgência e emergência.
A unidade também abriga uma Stroke Unit (Unidade de AVC) dedicada ao monitoramento contínuo dos pacientes, com equipe especializada e programas de reabilitação multidisciplinar que visam reduzir sequelas e promover uma recuperação completa e humanizada.
“Reconhecer os sinais, acionar o serviço de emergência e procurar atendimento imediato pode fazer toda a diferença. O método SALVE é um lembrete simples que pode salvar vidas”, conclui Marcos Alexandre.

Fonte: Palavra Comunicação
