XUXA SUGERE QUE REMÉDIOS SEJAM TESTADOS EM PRESOS: “QUE SIRVAM PARA ALGUMA COISA”

A apresentadora Xuxa Meneghel sugeriu que produtos cosméticos, remédios e até vacinas sejam testadas em presidiários e não em animais, durante uma live no Instagram da Alerj, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Defensora dos animais, ela disse que seria uma forma de “pessoas que fizeram muitas coisas erradas” ajudarem à população. “Eu tenho um pensamento que pode parecer muito ruim, desumano. […] Existem muitas pessoas que fizeram muitas, muitas coisas erradas e estão aí pagando pelos seus erros num ad eternum, para sempre em prisões. Poderiam ajudar nesses casos”, disse a apresentadora.

“Pelo menos serviriam para alguma coisa antes de morrer, para ajudar a salvar vidas”, completou a fala.

O vídeo em que Xuxa, com concordância do entrevistador, defende usar pessoas presas para fazer testes com medicamentos. Mais que 30% dos encarcerados brasileiros não passaram por julgamento. A maioria dos presos são pessoas negras e pobres. Isso tem nome! Chama eugenia! pic.twitter.com/qbWOJPucFy

? Jones Manoel (@_makavelijones) March 27, 2021

Após expor sua opinião, Xuxa Meneghel foi criticada nas redes sociais. O ator José de Abreu foi um dos que se posicionou contra a fala da artista e comparou o sobrenome de Xuxa a de Josef Mengele, que foi chefe do serviço médico do campo de concentração de Auschwitz, na Alemanha Nazista. Mengele usou prisioneiros como cobaias. “Xuxa Menengele? Pior que ela nem sabe a profundidade do que disse. ‘A internet deu voz aos ímbecis’. Voltaire”, publicou o ator em uma rede social.
Mais tarde, a apresentadora se desculpou pela fala. “Eu estou aqui pedindo desculpas para todos vocês. Eu, que não usei as palavras corretas. Pensei uma coisa, pensei em muitas coisas. Quis falar sobre muitos assuntos, e não fugir do assunto principal, que era dos animais, dos maus-tratos e de pessoas que fazem muitas coisas maltratando vidas. E também julguei, também maltratei”, falou.

Fonte: SBT. Foto/Divulgação: Wikipédia