Inscritos previamente por meio de um formulário online, os participantes foram recebidos no parque pelo secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Jhonatan Ferrarez. A caminhada foi precedida por uma apresentação rápida sobre a Unidade de Conservação e as questões que seriam abordadas ao longo do trajeto. O gestor da pasta ressaltou a importância da população conhecer, utilizar e preservar o parque.
“Receber os visitantes na unidade é um prazer enorme e também é fundamental para conscientizar sobre a importância da preservação do meio ambiente. Temos em Itaboraí um patrimônio ambiental, com uma herança histórica e cultural muito grande. Nosso objetivo é que a visita guiada também possa ser uma atividade de Educação Ambiental para população”, destacou o secretário.
A visita guiada começou pelo museu, onde fica o material expositivo sobre os registros paleontológicos encontrados no parque, os fósseis e também sobre a história de exploração do calcário na região, que culminou na produção de cimento para obras, como a construção da Ponte Rio-Niterói e o estádio do Maracanã. A Central de Visitantes também conta com uma reprodução em tamanho menor da preguiça-gigante, um dos fósseis de mamíferos encontrados no registro paleontológico do parque.
“É importante focar nessa educação patrimonial e mostrar, principalmente para os moradores de Itaboraí, a importância dessa Unidade de Conservação, que abriga um dos mais relevantes registros da paleontologia mundial. Essas descobertas no parque marcam o início da diversificação dos mamíferos fósseis, que deram origem às linhagens atuais. Nosso objetivo é que os participantes tenham essa experiência incrível de voltar ao passado no parque e aprender um pouco da história de evolução do nosso planeta”, disse o paleontólogo e gestor do parque, Luís Otávio Castro.
Em seguida, os visitantes foram conduzidos para a trilha que dá acesso ao deck, ponto turístico com uma vista privilegiada da Bacia de Itaboraí. Na caminhada, os participantes receberam informações técnicas sobre a biodiversidade do parque, os diferentes tipos de rochas existentes na região e também puderam conhecer um pouco sobre a fauna e flora. Moradores do Areal, o casal Wallace Feliciano, de 27 anos, e Gilsianne Feliciano, 26, contaram que se surpreenderam durante o passeio.
“Gostei de saber que Itaboraí tem esse espaço com tanta história. Moro aqui desde que nasci e não sabia. A visita guiada foi muito boa, porque se viéssemos por conta própria, não saberíamos de todas essas informações sobre o parque”, contou Gilsianne.