Um movimento envolvendo história, cultura e muita diversão. Os alunos do Ensino Fundamental do Ciep 413 Adão Pereira Nunes Intercultural Brasil-México, de São Gonçalo, fizeram uma apresentação muito especial para celebrar a Independência do México. A iniciativa foi chamada de Museu Vivo Itinerante, com atuação dos estudantes, e teve como objetivo mostrar o que foi aprendido em sala de aula, retratando um pouco do processo de libertação do povo mexicano.
– Foi bem desafiador, mas conseguimos fazer uma ótima apresentação para todas as turmas, contando um pouquinho sobre esse processo da história do México – afirmou Davi Norato, aluno da turma 601 da unidade.
O processo de Independência do México marcou a quebra do pacto colonial em uma das mais importantes possessões espanholas no continente americano. A figura central e instigador da libertação dos mexicanos foi Miguel Hidalgo y Costilla, padre da pequena paróquia de Dolores Hidalgo, em Guanajuato. Logo após a sua ordenação como sacerdote, Hidalgo começou a promover o levantamento popular de índios e mestiços contra os espanhóis abastados, os fazendeiros e os aristocratas.
– Nossa escola teve a honra de celebrar a Independência do México em um grande evento que foi fruto de vários dias de ensaio: o Museu Vivo Itinerante. O desafio foi enorme, trabalhar com mais de 50 alunos ao mesmo tempo, coordenando diversos cenários e momentos únicos – comentou a diretora-adjunta da unidade, Chames Jacob.
A escola representou vários momentos deste episódio histórico, que tornou o país latino independente. Os alunos, que se apresentaram caracterizados, puderam aprender de uma forma leve, diferente e muito divertida, integrando as apresentações com o conteúdo pedagógico desenvolvido pela unidade intercultural.
– Foi algo muito significativo, pois podemos apresentar o que aprendemos em sala de aula. Fica mais fácil e prático de aprender – definiu Ítalo Cavalcanti Ramos, que cursa o 7º ano do Ensino Fundamental do Ciep.
E a apresentação foi realmente especial, levando toda a comunidade escolar e seus parceiros a grandes reflexões, com muita emoção.
– Foi incrível. A gente pôde ver a realidade do que é ensinado na sala de aula. Foi algo maravilhoso, e percebemos que as noções foram perfeitamente compreendidas pelos estudantes – afirmou Erik Sánchez, responsável pela Cooperação Educativa do Consulado do México.
Escolas interculturais
As escolas interculturais são um grande sucesso na rede estadual de ensino. Estas unidades têm excelentes resultados nas avaliações de desempenho e também são muito queridas por toda a comunidade. Segundo a superintendente de Projetos Estratégicos da Seeduc-RJ, Maria Cristina de Oliveira Silveira, ações como essas fazem com que as unidades combatam a evasão escolar e garantam o interesse dos estudantes.
– As escolas interculturais têm uma proposta pedagógica clara, bem definida, desenvolvida de maneira dinâmica, prazerosa e que apoia a autonomia, a competência, a percepção de pertencimento dos estudantes, o que leva ao engajamento, à motivação e à não evasão. São verdadeiros centros culturais, portas de oportunidades para que os egressos sigam carreiras dentro e fora do país – completa a superintendente.
Com esse aprendizado ligado à cultura de países parceiros, o projeto cultural desenvolvido na escola de São Gonçalo mexeu com toda a comunidade acadêmica e, assim, todos tiveram uma aula de história bem especial, nas representações dos alunos.
– A emoção tomou conta de toda a plateia, e nos sentimos verdadeiramente parte desse grande marco na história da libertação do povo mexicano. Um evento inesquecível que celebrou a cultura e a força de um povo – celebrou a diretora Chames Jacob.
Fonte: Secretaria de Estado de Educação