Dia do Orgulho Autista é oportunidade de compreender as melhorias proporcionadas pelas intervenções baseadas em ABA na qualidade de vida das pessoas com TEA
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) tem se mostrado como um dos tratamentos mais eficazes para melhorar a qualidade de vida das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os avanços na aplicação dessa metodologia científica têm gerado resultados positivos significativos, tanto para os indivíduos com autismo quanto para suas famílias.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde, aproximadamente 2 milhões de brasileiros vivem com TEA, representando cerca de 1% da população nacional. Este número tem crescido, em parte, devido à maior conscientização e ao aperfeiçoamento das técnicas de diagnóstico precoce. No entanto, o acesso a tratamentos eficazes, como a ABA, ainda é desconhecido para muitas famílias.
“A ABA é uma abordagem baseada em evidências científicas que se concentra no ajuste de comportamentos através de técnicas de reforço positivo, análise de dados e intervenções sistemáticas. Crianças com autismo em contato com intervenções baseadas em ABA podem demonstrar melhorias substanciais em áreas como comunicação, habilidades sociais e comportamentos adaptativos”, explica Kelvis Sampaio, psicólogo clínico, mestre em ciências do comportamento pela Universidade de Brasília e supervisor na Clínica Luna ABA Botafogo (RJ).
Segundo Sampaio, intervenções intensivas de ABA têm o potencial de gerar progressos significativos no desempenho escolar, aumento na capacidade de comunicação verbal e não verbal e redução de comportamentos desafiadores.
“Para as famílias, conviver com o TEA pode ser desafiador. No entanto, os avanços proporcionados pela ABA têm sido um alívio considerável. A prática não só ajuda a aperfeiçoar comportamentos, mas também ensina habilidades que promovem a independência e a integração social das pessoas com autismo”, analisa Larissa Coelho, psicóloga, especialista em neuropsicologia e mestranda em análise do comportamento aplicada, supervisora na Clínica Luna ABA Botafogo (RJ).
O Dia do Orgulho Autista é uma data importante para chamar atenção da sociedade para a participação ativa das famílias no contexto de saúde de quem tem TEA, essa é uma das prioridades do processo terapêutico. “A ABA enfatiza a importância do treinamento dos pais para que possam continuar as práticas aprendidas durante as sessões de terapia em casa, promovendo a generalização das habilidades adquiridas e assegurando uma intervenção contínua”, detalha a psicóloga.
Análise, intervenção e acompanhamento individualizado
A intervenção baseada em ABA é personalizada para cada indivíduo, exigindo que o Analista do Comportamento — o profissional responsável pelo planejamento da intervenção — seja altamente qualificado. “Ele precisa ter um profundo conhecimento da ciência comportamental, manter-se atualizado com as pesquisas mais recentes e possuir vasta experiência clínica”, conta Larissa.
“Na prática da clínica Luna ABA, um Analista do Comportamento visitará a residência do cliente para realizar uma avaliação comportamental detalhada. Após essa etapa, a equipe da Luna ABA, composta por Analistas do Comportamento especializados em Psicologia, Educação, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, definirá os objetivos e métodos de ensino”, aponta Sampaio.
A partir daí, um Acompanhante Comportamental será treinado para implementar a intervenção em casa e/ou na escola, em um tipo de intervenção que será continuamente supervisionada e reavaliada pela equipe de Analistas do Comportamento da Luna ABA, seja à distância ou presencialmente.
O Rio de Janeiro vai contar com mais uma unidade de atendimento com essa ciência, inaugura neste mês a Clínica Luna ABA, em Botafogo, com toda a estrutura necessária para famílias que buscam terapias com resultados eficazes.
Fonte: Ligia Gabrielli