Aparelho de geofone, operado por equipe especializada, permite localização e reparo de vazamentos não visíveis de forma mais assertiva
Quando o paciente sinaliza algum desconforto, o médico realiza uma escuta com instrumento específico. Da mesma forma funciona o aparelho de geofone que a Águas do Rio está utilizando, desde junho deste ano, em um trabalho minucioso de identificação e reparo de vazamentos não visíveis na rede de distribuição de água tratada em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. A previsão é que, até dezembro, o desperdício de cerca de mil piscinas olímpicas de água tratada seja evitado no sistema de abastecimento da cidade.
Hoje, a água tratada se perde no caminho entre o reservatório e a casa do cliente. Segundo o Coordenador de Operações da Águas do Rio em São Gonçalo, Rogério Marins, esse trabalho é fundamental no combate às perdas. “Vários vazamentos não afloram na superfície, indo para galerias ou para o próprio solo quando é arenoso. Até o momento, já identificamos mais de 50 vazamentos no município devido à rede antiga, rachaduras ou até interferência de obras”, disse ele.
Um exemplo na atuação assertiva do equipamento foi na Rua Coronel Serrado, no bairro Zé Garoto. A região começou a apresentar oscilação de abastecimento, sem problemas aparentes. A equipe especializada atuou com o a tecnologia do geofone e identificou uma tubulação rompida, sem extravasamento para a superfície. O reparo cirúrgico foi realizado e o abastecimento normalizado, sem maiores transtornos para a população.
Durante o ano, equipes especializadas estarão nas ruas escutando o barulho da água passando pela tubulação suspeita e verificando também as informações gráficas mostradas no painel, por meio desta tecnologia. Desta forma, os profissionais conseguem identificar o local exato onde precisa ser feito o acesso à tubulação para reparo, sendo mais rápido e eficiente, evitando também transtornos futuros no abastecimento do local.