Processo de filtragem que remove ferro e manganês achados em água bruta de poços começará a ser usado em São Francisco de Itabapoana
São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, recebeu um investimento para atender um antigo anseio da população. Adquiridos pela primeira vez pela Águas do Rio para serem usados num sistema de tratamento, os filtros zeólitas são capazes de remover o ferro e o manganês encontrados na água bruta captada em poços do município. Essas substâncias costumam estar presentes em fontes subterrâneas, o que acaba escurecendo a água. Essa aquisição fará com que a água chegue no seu aspecto natural, incolor, para moradores e comerciantes.
“A utilização dos filtros zeólitas é uma iniciativa inédita da Águas do Rio nas regiões em que está presente. Trata-se de um momento histórico para nós e para os mais de 20 mil moradores de São Francisco de Itabapoana. Identificamos a necessidade e definimos em estudos as melhores opções para atender essa demanda das pessoas que, a partir de agora, começa a se tornar realidade”, disse José Carlos Almeida, diretor da concessionária e responsável pelas operações no município.
Os filtros chegaram ao município há poucos dias, e as zeólitas são um numeroso grupo de minerais vulcânicos que, com suas propriedades físico-químicas, tornam-se poderosos elementos filtrantes, atuando como uma barreira física de micropartículas, devido à sua grande área porosa que possui ação retentora.
Desde que assumiu as operações, em novembro de 2021, a companhia vem executando uma série de melhorias em 27 cidades fluminenses, das quais 12 estão nas regiões serrana, norte, noroeste, metropolitana e baixada litorânea. No caso de São Francisco de Itabapoana foram realizadas, neste período, como a manutenção dos poços, limpeza na rede e nos reservatórios, bem como a aquisição de novas bombas e automação dos equipamentos. No caso de São Francisco de Itabapoana, além dos filtros, a Águas do Rio também investiu em um adensador de lodo, equipamento responsável por concentrar a parte sólida resultante do tratamento.
Quando o novo sistema entrar em operação, a água captada nos poços subterrâneos, passará pelos filtros zeólitas e seguirá para o tanque de água tratada, onde acontecerá a desinfecção e a aplicação de flúor para então ser distribuída para a população. A parte sólida, retida no adensador, seguirá para o leito de secagem e depois para o aterro sanitário.
Para chegar até o município do Norte Fluminense foi necessária uma complexa logística, que durou quatro dias como explica o diretor da Águas do Rio, José Carlos Almeida: “As carretas saíram de Sete Lagoas, em Minas Gerais, e percorreram quase 400 km até chegar à Unidade de Tratamento de Gargaú. Foram meses para que os equipamentos ficassem prontos e, agora, seguimos para a próxima etapa, que é a obra de adequação para a instalação dos equipamentos. O sonho do são franciscano está muito perto de se tornar realidade e com ele reforçamos o nosso compromisso de levar mais saúde e qualidade de vida para as pessoas”, conclui José Carlos.