Secretaria de Saúde refuta denúncia de falta de leitos durante a pandemia
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo garantiu nesta quarta-feira (14) que está com capacidade para atender, em suas unidades de saúde, a todos os gonçalenses que necessitam de exames para detectar a covid-19, atendimento médico e internação – tanto em enfermaria quanto em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta quarta-feira (14), por exemplo, o município tem 54% de taxa de disponibilidade dos leitos de enfermaria e 24% de taxa de disponibilidade dos leitos de UTI.
O município garante que, desde março do ano passado, quando teve início a pandemia do novo coronavírus, a cidade nunca precisou escolher pacientes para internação e nunca esteve com 100% de ocupação de leitos – tanto de enfermaria quanto de UTI. Nunca houve fila para internação na cidade, que também não precisou transferir nenhum paciente por falta de leitos.
Gonçalenses que foram internados em outras cidades procuraram as unidades de saúde espontaneamente ou foram regulados pelo próprio Governo do Estado através do Sistema Estadual de Regulação (SER), a maioria internada, inclusive, em hospitais da rede estadual ou federal, não sobrecarregando as unidades municipais das outras cidades. Também é importante citar que, apesar dos gonçalenses estarem internados em outras unidades de saúde fora do município, a cidade sempre teve capacidade para absorver todos esses pacientes.
Levantamento da Subsecretaria de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil aponta que das 458 internações em UTI no município de Niterói, no período de um ano, 357 foram no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca; no Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras, no Barreto, e no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), que é federal, não gerando custo ao cofre público municipal. As unidades municipais absorveram apenas 101 pacientes no período de um ano, uma média de 8 pacientes por mês, que procuraram as unidades por meios próprios e não transferidos por unidades de São Gonçalo que não tinham vagas. Todos esses dados estão no sistema do Ministério da Saúde, através do Tabwin.
A cidade conta com uma Central de Regulação e Monitoramento de Leitos, com funcionamento 24h, informatizada, composta por uma equipe multiprofissional, que atua regulando as solicitações das unidades de saúde municipais. O processo regulatório de pacientes de covid-19 conta, ainda, com o suporte da equipe da Vigilância Epidemiológica, em parceria com a Universidade de Toronto (Canadá), que disponibiliza suporte técnico e informatização da ocupação de leitos em tempo real e dados sobre testagem em unidades municipais.
Também vale ressaltar que, mesmo com recursos menores para uma população de mais de um milhão de habitantes, a Prefeitura desenvolve ações de combate à pandemia como sanitizações diárias para o combate ao coronavírus em órgãos públicos e ruas dos bairros; vacinação com pontos funcionando de segunda-feira a sábado e que não pararam nem em feriados, trabalhando inclusive no Carnaval; testagem da doença em 12 locais; aquisição de equipamentos para ampliação de leitos em dois hospitais que foram abertos apenas para o tratamento da covid-19; incentivo de medidas de distanciamento social e cuidados de higiene e informação aos munícipes sobre a doença e o estado do município, diariamente, através do site e redes sociais oficiais do Executivo.
A Prefeitura de São Gonçalo está fazendo a sua parte no controle da proliferação do coronavírus e adotou medidas restritivas que são válidas até o próximo dia 18 de abril. Há suspensão de funcionamento de alguns estabelecimentos e restrição de horário e capacidade de atendimento de outros. Em avaliação feita pelo Gabinete de Crise, criado para avaliar os índices de contaminação da covid-19, não há necessidade de fechar todos os estabelecimentos ou estabelecer medidas mais duras no comércio, uma vez que a cidade está na fase Amarelo 2, com médio risco de contaminação.