A força do empreendedorismo feminino foi destaque na entrevista exibida no programa Giro RJ
A Rádio Roquette-Pinto marcou presença entre as finalistas do 11º Prêmio Sebrae de Jornalismo, que aconteceu na noite desta quinta-feira (29), na sede do Sebrae, no Centro do Rio. Ao todo, foram inscritas mais de 3 mil reportagens de veículos de todo o país.
A emissora levou para casa o terceiro lugar da categoria “Audio”, com reportagem das jornalistas Camila Grecco e Geórgia Cristhine, apresentadora e produtora, respectivamente, do Programa Giro RJ.
A construção civil ainda é um setor amplamente dominado pelos homens, mas aos poucos, isso vem mudando e a presença de mulheres traz novas perspectivas. E foi isso que foi apresentado na reportagem que falou sobre a “Concreto Rosa”, empresa de construção civil composta apenas por mulheres, fundada por Geisa Garibaldi.
Foto/Divulgação: Jéssica Lage
– A entrevista com a empresária foi exibida na coluna Espaço Mulher, quadro do nosso programa que abrimos espaço para falar de grandes ações comandadas por mulheres, mulheres empreendedoras, delas e para elas. Muito bom mostrar que nós mulheres podemos alcançar qualquer espaço antes dominado por eles. – contou Camila.
Dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), registraram, em 2010, 7,8% de trabalhadoras formais na construção, enquanto o último levantamento, de 2021, já contemplava 10,85% de profissionais femininas.
Mas não é só na construção civil que as mulheres estão cada vez mais ganhando espaço, elas estão dominando todos os setores, principalmente no Rio de Janeiro. O Diagnóstico do Empreendedorismo Feminino, lançado este ano pela Secretaria de Estado da Mulher, mostra que o Rio de Janeiro é o estado que mais tem mulheres à frente de negócios em todo o país.
De acordo com o estudo, o estado tem 941 mil mulheres no comando de algum tipo de negócio, ou seja, 38% dos empreendimentos no Rio de Janeiro são liderados por mulheres, superando a média nacional de 34%. A maioria tem entre 35 e 44 anos, 68% atuam no setor de serviços, 52% se autodeclaram negras e 53% são as principais provedoras financeiras de seus lares.
O levantamento indica ainda que cerca de 85% dos negócios com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) conduzidos por mulheres são geridos por empreendedoras individuais. Cerca de 9% empregam entre um e cinco funcionários e 66% dos negócios operam informalmente.
Os dados contidos no relatório são importantes para a expansão e fortalecimento de políticas públicas que estão sendo implementadas, desde a criação da Secretaria de Estado da Mulher.