Engenhoka 1a edição - Botafogo, RJ

Foto/Divulgação: Gabriela Barbosa

Com o apoio do Google, viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, segunda edição do Engenhoka, criado pelo Instituto Burburinho Cultural, impactará mais de 400 alunos em sete escolas públicas do país
 

 

Na semana de celebração à juventude, o projeto Engenhoka mostra como o aprendizado pode ser dinâmico e criativo. A iniciativa transforma salas de aula em verdadeiros laboratórios de inovação, equipadas com impressoras 3D, tablets, livros e ferramentas tecnológicas. O projeto, criado pelo Instituto Burburinho Cultural e apoiado pelo Google, chega à sua segunda edição incentivando a criatividade, a lógica e a autonomia dos estudantes brasileiros e impactando diretamente mais de 400 adolescentes da rede pública dos municípios de Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Macaé e Barra do Piraí (RJ), Curitiba (PR) e Rio Grande (RS).

 

O projeto já está em curso e seguirá com atividades até dezembro de 2025. As oficinas têm carga horária de 40 horas por escola e são ministradas no contraturno escolar, de segunda a sexta-feira, para turmas de 15 a 20 alunos do Ensino Fundamental II (entre 12 e 15 anos). Os dias e horários são flexíveis e adaptados às necessidades de cada escola.
 

Cada escola participante recebe um estúdio maker completo — com impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e materiais pedagógicos — que permanece na instituição ao final do projeto, garantindo continuidade e legado. A metodologia é composta por cinco módulos, apresentados em um box maker individual para cada aluno, e combina raciocínio lógico com imersão em momentos da História da Arte.
 

A pedagogia em robótica educacional foi desenvolvida pela Picode Education, organização especializada em cultura maker para fins pedagógicos, e interliga aspectos da robótica a obras de artistas visuais que romperam paradigmas entre os séculos XIX e XX. O curso conta com a participação de professores e monitores especializados, além da capacitação dos educadores das próprias escolas.
 

Criatividade e tecnologia lado a lado
 

A proposta do Engenhoka é romper com a ideia de que arte e ciência pertencem a campos opostos e mostrar que criatividade e pensamento técnico caminham juntos.
 

“A cultura é tão potente e ao mesmo tempo tão frágil. No campo audiovisual, por exemplo, hoje podemos produzir filmes através do celular e deixar um legado revolucionário. Assim como podemos deixar um legado transformador e transdisciplinar através da união das artes com a tecnologia e a robótica, com o Engenhoka. São as novas tecnologias cada vez contribuindo mais com a educação formal”, afirma Priscila Seixas da Costa, presidente do Instituto Burburinho Cultural.

 

Professor e coordenador pedagógico, com experiência em gestão, arte e tecnologia em redes de ensino pública e privada, Leonardo Silva foi instrutor na primeira edição do projeto em Jundiaí. Ele destaca o caráter inovador, que o atraiu pela união de arte, tecnologia e aprendizado prático: “O Engenhoka me proporcionou um aprofundamento ainda maior no universo maker e na forma como a tecnologia pode ser aplicada de maneira significativa na educação.”
 

Ele também ressalta a importância da experimentação e do erro como parte fundamental do processo de aprendizagem. “Pude ver na prática como o ensino baseado em projetos pode potencializar o desenvolvimento dos alunos e desenvolver habilidades essenciais para o futuro, como autonomia, colaboração, resolução de problemas e criatividade”, comenta o professor.

O projeto impacta diretamente os alunos, que passam a encarar a tecnologia como um meio de criação. A prática de construir e aprimorar ideias com as próprias mãos estimula a autonomia e a inovação, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades técnicas e socioemocionais.
 

“Eu estou muito ansiosa para participar do projeto. Desde que a diretora falou comigo e com a minha amiga, fiquei empolgada, porque acho que vai ser uma oportunidade muito boa para conhecermos mais sobre tecnologia, sobre robótica… É uma área que eu tenho muita curiosidade. Acho que terei uma base melhor sobre como montar coisas, trabalhar com tecnologia mesmo, sabe? Estou bem ansiosa para experimentar isso”, diz Luiza da Silva, 14 anos, aluna da Escola Municipal Doutor Cócio Barcellos, em Copacabana (RJ), escola participante da segunda edição do Engenhoka.
 

Compromisso com a educação pública e a inovação
 

O Engenhoka integra o portfólio de projetos sociais apoiados pelo Google por meio das Leis de Incentivo Fiscal. Em 2024, a empresa apoiou 23 projetos sociais em 144 cidades e 20 estados brasileiros, beneficiando mais de 130 mil pessoas nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura e esporte. Desde 2023, a empresa já investiu em 45 projetos relacionados à cultura, esportes e educação, em todas as regiões do Brasil. Os projetos são selecionados em parceria com a plataforma Incentiv, que conecta organizações da sociedade civil a empresas comprometidas com o desenvolvimento social do país.
 

“É inspirador ver como o Engenhoka transforma a forma como os jovens se relacionam com a tecnologia — não como consumidores, mas como criadores. Para o Google, apoiar projetos como esse é uma maneira de usar a inovação para ampliar oportunidades, fortalecer a educação pública e formar gerações mais preparadas para os desafios do futuro”, afirma Ednaldo Silveira, diretor financeiro sênior do Google Brasil.
 

Sobre o Instituto Burburinho Cultural
 

Sediado no Rio de Janeiro, o Instituto Burburinho Cultural é uma organização que conta com colaboradores por todo o país e fora do Brasil, dedicada à realização de projetos que promovem a cultura, a educação e o desenvolvimento social, com foco na inovação e na inclusão.


Fonte: Millena Brasil/George Patiño

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