De acordo com o levantamento, valores do arroz, feijão e óleo caíram mais 2% desde a isenção do ICMS pelo Governo do Estado
O Procon Estadual do Rio de Janeiro realizou um levantamento de preços do arroz, do feijão e do óleo de cozinha, itens que fazem parte da cesta de alimentação dos consumidores fluminenses. A pesquisa compara os valores de julho e agosto de 2022 com os deste mês – setembro de 2022. Dessa vez, considerando os três produtos, a redução foi de 2%, impulsionada pela queda média do preço do óleo, observada de agosto para setembro, que foi de 6%.
A maior redução de preço do arroz foi encontrada em Barra do Piraí, em que uma marca apresentou queda de 47%. Outras grandes reduções de preço foram observadas em um supermercado do Rio de Janeiro (34%) e em Cabo Frio (37%). No entanto, esse último teve a maior alta observada para o mesmo produto (68%). O preço do óleo caiu este mês na maioria dos estabelecimentos analisados, com reduções expressivas de 15% a 30%. A última pesquisa já havia comparado os preços de antes e depois da isenção do ICMS, determinada pelo governo estadual, e demonstrou que houve queda geral no preço do arroz e do feijão de 4% em todo o Estado.
A pesquisa vem sendo realizada para acompanhar o impacto da Lei Estadual 9391/21, que concedeu a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações internas com arroz e feijão, e passou a valer no primeiro dia de novembro do ano passado. Desde então, agentes do Procon-RJ monitoram esses itens em 34 estabelecimentos em dez municípios: Rio de Janeiro, Barra do Piraí, Macaé, Mangaratiba, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis e Nova Friburgo. O óleo passou também a ser pesquisado no último mês.
Análise da Pesquisa
Os preços do arroz, feijão e óleo no município do Rio de Janeiro reduziram em média 5%. Respectivamente, 5%, 2% e 8%, nos supermercados pesquisados nos bairros da Barra da Tijuca, Campo Grande, Grajaú, e Vila Isabel. A redução de preço do óleo chegou a ser de 30% em um supermercado na Barra da Tijuca.
Em Niterói, houve uma redução média de 3% dos preços desses produtos nos supermercados pesquisados, no entanto a redução representa uma queda do preço do arroz e do óleo (7% e 4%, respectivamente), contra uma alta de 9% do preço do feijão.
Em Barra do Piraí, o óleo teve uma queda de 10% no preço médio nos supermercados pesquisados e o arroz reduziu 4% na média geral, mas chegou a ser encontrado por um preço 47% mais em conta para a mesma marca comparada à última pesquisa. O feijão teve o preço mantido.
Em Campos dos Goytacazes, houve uma aparente alta de preços em função do arroz que estava mais caro na maioria dos supermercados averiguados. No entanto, o feijão e o óleo podiam ser encontrados com uma média de redução de 2% e 7%.
Na Baixada, os supermercados do município de Nova Iguaçu mantiveram estáveis os preços do arroz e reduziram em média 3% o valor do feijão e 6% o do óleo. Já os mercados de Nilópolis, reduziram em média 10% o preço do feijão, 4% o óleo e 2% o preço do arroz.O óleo em Macaé pode ser encontrado em média até 10% mais barato. Arroz e feijão reduziram apenas 1%.
O município de Nova Friburgo apresentou alta em todos os itens, aumentando os preços em média 5%. Algumas marcas chegaram a 14% de aumento. Em Mangaratiba, os preços reduziram 2%.
Já em Cabo Frio, a variação percentual de um produto de uma marca para outro e entre estabelecimentos era muito grande, o que fez com que os preços somassem uma média de apenas 1% de aumento. No entanto, os consumidores poderiam encontrar preços de marcas de arroz desde 37% mais barata até 68% mais caras. O feijão e o óleo se mantiveram estáveis, com uma leve redução de 7% em um dos mercados.