Iniciativa visa estimular iniciativas de combate ao racismo nas escolas públicas e privadas
Amanhã, terça-feira (29), a Prefeitura de Niterói realiza a cerimônia de entrega do prêmio Adoilda Loretto da Trindade: Um Baobá de Cultura. Essa é a primeira edição do evento, que vai acontecer no Auditório do Caminho Niemeyer, a partir das 14h. A iniciativa visa o incentivo de práticas antirracistas no cotidiano escolar. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH) por meio da Subsecretaria de Promoção da Igualdade Racial (Supir), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Escolas de educação pública ou privada de Niterói se inscreveram para participar do programa que irá conceder o selo Minha Cor Tem Valor às unidades participantes e a premiação com certificação do prêmio Adoilda Loretto da Trindade para as instituições de ensino que obtiverem as melhores avaliações.
Para a subsecretária de Promoção da Igualdade Racial, Glória Ancelmo, a iniciativa estimulou e reconheceu o trabalho antirracista desenvolvido pelas escolas de Niterói.
“É a primeira vez que ocorre na cidade um chamamento dessa envergadura. Isso prova que o racismo está cada vez mais ameaçado pelo conhecimento, pela vontade política de fazer a diferença e construir um país mais justo, humanizado e acolhedor das diferenças. Ser diferente é o que nos torna melhores, mais humanos e verdadeiros”, destacou Glória Ancelmo.
As escolas participantes tiveram que obedecer a critérios previstos no edital, que asseguram a transversalidade da temática da “História e Cultura Afro-Brasileira” no Projeto Político-Pedagógico” por meio de projetos e atividades relacionadas à promoção de práticas de combate ao racismo. O selo “Minha Cor Tem Valor” será entregue a todas as escolas que apresentaram ações antirracistas e o prêmio “Adoilda Loretto da Trindade: Um Baobá de Cultura” vai ser uma certificação para os destaques.
“Essa premiação é fruto de um resultado de um trabalho em conjunto com a Secretaria de Educação, onde Niterói enaltece instituições educacionais no combate ao racismo, implementando a Lei de História e Cultura Afro na nossa cidade, de forma concreta. Vale dizer que essa legislação foi aprovada em 2003 e o nome da Azoilda foi trazido à tona por ter sido uma figura de extrema relevância no debate e implementação desta lei, e por ter sido uma figura ímpar na defesa dos direitos humanos e combate ao racismo” destaca o secretário de Direitos Humanos, Rafael Adonis.
Para o secretário municipal de Educação, Lincoln de Araújo Santos, a premiação significa um grande avanço na formação dos cidadãos niteroienses. “A escola pública deve acentuar em seu Projeto Político Pedagógico o ideário antirracista como elemento cultural da formação cidadã dos estudantes”, ressaltou o secretário.