O objetivo é somar esforços numa ação mundial para reverter o declínio da saúde do Mar se adequando às propostas da Organização das Nações Unidas
Com o objetivo de ampliar as iniciativas, adequar a cidade e implementar políticas públicas que estejam de acordo com ações previstas pela Organização das Nações Unidas (ONU) que institui a Década da Ciência Oceânica, até 2023, a Prefeitura de Niterói está realizando uma consulta pública com o tema “Percepção do niteroiense sobre a importância do oceano”. A pesquisa está disponível no aplicativo Colab e buscará através de 15 perguntas a opinião dos moradores para o embasamento de políticas públicas voltadas à proteção do oceano e a compreensão, junto à sociedade, da relação do oceano com o bem-estar humano e desenvolvimento sustentável. Os moradores podem participar até a próxima segunda (15) .
“Saber a opinião da população de Niterói é muito importante para termos um norte das ações a serem tomadas. Queremos saber que tipo de ligação as pessoas da localidade têm com o ecossistema marinho e suas expectativas. O objetivo é integrar as ações do poder público em prol de uma Niterói cada vez mais sustentável”, diz Katherine Azevedo, secretária do Escritório de Gestão de Projetos (EGP).
A consulta pública apresenta para a população o argumento de que a ONU instituiu a Década do Oceano, em âmbito mundial, como forma de unir esforços de todos os setores relacionados ao mar para reverter o declínio da saúde no oceano e criar melhores condições para um desenvolvimento sustentável do planeta no que se refere às questões ligadas ao mar. Além de responder pelo app gratuito Colab, os interessados podem acessar o link: http://consultas.colab.re/decadadooceano.
“Queremos saber o que o niteroiense pensa sobre os assuntos mais relevantes e que podem ser um norte para implantação de políticas públicas e ações efetivas. A interação da população com o poder público neste sentido é fundamental, e desta vez vamos saber qual é a percepção do niteroiense sobre a importância do oceano”, explicou Fernando Stern, coordenador de comunicação digital e relacionamento com o cidadão.
A ideia é que os moradores se envolvam em todo o processo opinando sobre os desafios a serem enfrentados para o alcance dos resultados, dentre eles: assegurar os vários valores e serviços que o oceano aporta ao bem-estar humano, para que a cultura e desenvolvimento sustentável sejam compreendidos, além de identificar e ultrapassar quaisquer barreiras às mudanças de comportamento necessárias para uma alteração gradual da relação da sociedade com o oceano.
A proposta propõe, ainda, uma reflexão sobre ações prioritárias para a ciência oceânica nacional: inclusão dos aspectos socioambientais, participação social e das comunidades tradicionais nas ações, pesquisas e discussões sobre a zona costeira e o uso de recursos; desenvolvimento de governança participativa e de políticas públicas cientificamente embasadas para o desenvolvimento científico, tecnológico, de inovação, de gestão e conservação dos serviços ecossistêmicos e dos sistemas marinhos, costeiros e oceânicos; promoção da cultura oceânica e da comunicação estratégica com diferentes setores da sociedade para engajamento e mudança de comportamento em prol da sustentabilidade do oceano.
Entre os objetivos da pesquisa estão: compreender qual a percepção do cidadão, com recortes de faixa etária, raça, região onde mora, sobre o impacto do oceano em nossas vidas e o impacto das atividades humanas no oceano; instigar a população a compreender e valorizar a relação do oceano com o desenvolvimento sustentável; promoção da cultura oceânica; produzir indicadores, conforme os resultados da pesquisa, para avaliar o potencial de mudança da percepção da sociedade em relação ao oceano.