Novo equipamento vai promover oficinas, palestras e ações voltadas à conservação do ecossistema da Lagoa de Piratininga
A Prefeitura de Niterói deu início neste sábado (02) às atividades do Núcleo Avançado de Sustentabilidade, Cultura e Esporte (NASCE) na Ilha do Tibau. O novo equipamento integra o conjunto de ações do município para recuperação ambiental da Lagoa de Piratininga e vai promover oficinas, palestras e atividades voltadas para a preservação. O foco será a educação ambiental de crianças de 5 a 12 anos e adolescentes de 13 a 17 anos das escolas da Região Oceânica. Também estão previstas ações voltadas ao público adulto, a partir dos 18 anos, idosos e pessoas com deficiência (PCD).
O objetivo do NASCE é fortalecer a proteção ambiental, com atividades que incentivem a conscientização e integrem a população aos equipamentos públicos existentes no Parque Orla Piratininga (Pop) Alfredo Sirkis. No POP está sendo criado, através de soluções baseadas na natureza, um ambiente que priorize e aproxime o usuário do meio natural, ainda que num contexto urbano, estimulando o sentimento de pertencimento do cidadão com a lagoa. O projeto inclui a caracterização e ações de recuperação dos ecossistemas, paisagismo, iluminação pública, requalificação de vias e acessos existentes, a implantação de equipamentos esportivos, e de um EcoMuseu, todos com a finalidade de uso público.
O NASCE pretende restaurar e proteger os ecossistemas da Ilha do Tibau reintroduzindo espécies nativas, protegendo habitats e implementando práticas de manejo ambiental sustentável. Para isso, será desenvolvido no local um programa de educação e conscientização ambiental abrangente, voltado para a população local e visitantes, incentivando a participação ativa da comunidade em todas as etapas do projeto. O Prefeito Axel Grael destaca que as oficinas, palestras e outras atividades educativas do NASCE vão abordar uma variedade de tópicos relacionados à sustentabilidade e à conservação do meio ambiente, com o propósito de mobilizar a população local em torno da pauta da preservação da lagoa.
“Esse é mais um equipamento que faz parte do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, uma iniciativa que a gente vem trabalhando há bastante tempo, um sonho muito antigo e que de certa forma começou muito perto daqui, no Tibau. Ao longo de muito tempo a cidade praticamente estava de costas para a Lagoa de Piratininga. A gente vê, inclusive, muitas casas com a parte voltada para a lagoa que não têm nem janela. Isso mostra que as pessoas não estavam mais valorizando a Lagoa de Piratininga, porque era vista como um lugar para jogar lixo e entulho, não existia uma atividade que integrasse a lagoa a nossa cidade. Agora, com todos esses investimentos, a Lagoa de Piratininga volta a fazer parte da nossa cidade, do cotidiano das pessoas que vivem aqui. E volta a ser apreciada pelas pessoas que vivem em toda a cidade”, ressaltou o prefeito.
Uma das estratégias do NASCE para integrar jovens e crianças ao projeto de preservação da Lagoa será oferecer transporte exclusivo para translado de estudantes das unidades de educação, principalmente da Região Oceânica, com a disponibilização de micro-ônibus ou ônibus para que participem das atividades no local. O acompanhamento, monitoramento e avaliação do projeto de integração dos estudantes será realizado pela equipe da Administração Regional da Região Oceânica mensalmente.
“Chamamos os melhores para fazer parte desse projeto, porque eu tenho plena convicção que a educação cada vez mais precisa ser um movimento territorial, movimento de integração territorial. Para dar certo, a educação tem que ser um pacto social e é isso que a gente vai colocar em prática aqui, envolvendo todo o entorno da ilha do Tibau, todos os bares que estão aqui ao redor, a Associação de Pescadores, que cumpre um papel social fundamental aqui em torno da ilha, as igrejas, todos os centros religiosos que nós temos aqui dentro do bairro. Temos a oportunidade de colocar em prática uma nova forma de enxergar a educação. Eu tenho certeza que daqui nós vamos ter um futuro muito melhor”, afirmou Binho Guimarães, administrador regional da Região Oceânica.