Meta é definir primeiras ações para a elaboração do plano de redução de acidentes até 2030
A Prefeitura de Niterói, por meio da Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans) realizou, nesta quinta-feira (19), o 2º Workshop do Plano Municipal de Segurança Viária (PMSV). Diferente da primeira etapa que tinha por objetivo a capacitação e nivelamento dos servidores e colaboradores envolvidos no planejamento e construção do Plano, esta segunda etapa definiu os quatro pilares que vão nortear o documento e as ações: mobilidade sustentável e vias seguras; rede de cuidado ao cidadão e atendimento pós-sinistro.
O presidente da Nittrans, Gilson de Souza, contou que a construção do PMSV leva em conta as metas da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030.
“Estamos trabalhando com diferentes atores da gestão pública para buscar meios de contribuir com a segurança viária da cidade, em favor da população. É importante uma reflexão cotidiana que resulte em políticas públicas transversais de conhecimento e aprimoramento na gestão do trânsito”.
O encontro foi promovido a partir das reuniões do Comitê de Implantação do PMSV, criado em abril, com representantes de diversos órgãos do município que se encontram quinzenalmente para estudar formas de colocar em prática as metas de desenvolvimento sustentável definidas pela ONU/OMS em sua Agenda 2030. A diretora de Planejamento da Nittrans, Amanda Machado, explicou que o resultado da Consulta Pública realizada durante o mês de setembro/outubro indicou os anseios da população.
Fotos/Divulgação
“Essa consulta foi uma quebra de paradigma. A população demonstrou insegurança em relação ao desrespeito às leis de trânsito. Cerca de 65%, das mais de 1200 pessoas que participaram da consulta, declararam que a fiscalização eletrônica ajuda a aumentar a segurança viária”, frisou Amanda.
O 2° Workshop foi marcado pela definição dos pilares que foram educação e comunicação; fiscalização e operação de trânsito: mobilidade sustentável e vias seguras; rede de cuidado ao cidadão e atendimento pós-sinistro. Após essa etapa, os participantes do comitê foram agrupados para detalhar objetivos de cada um dos pilares. As oficinas são propostas pelo grupo do Laboratório de Inovação (LabNit) da Escola de Gestão de Governo (EGG).
“A nossa ideia hoje foi juntar as diversas expertises da prefeitura para construir o plano de segurança viária de forma consensual e participativa. As dinâmicas foram pensadas com esse objetivo de modo a chegar ao final do dia com a delimitação do plano mais organizada”, explicou Luiz Otávio Monteiro, do LabNit.
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Consulta Pública
A consulta, encerrada no dia 10 de outubro, teve 1225 participantes. Dentre eles, moradores dos bairros de Icaraí, Santa Rosa, Fonseca e Centro foram os que mais responderam ao questionário de 12 perguntas.
Os dados mostram que mais de 70% concordam com a frase “as mortes e lesões no trânsito são inaceitáveis e evitáveis”. Esse mesmo questionário demonstra que mais de 75% dos participantes acham importante a redução de velocidade nas zonas residenciais. A ação mais indicada pela população, entre as sete apontadas no questionário, a fiscalização entra como primeira opção.
Mobilidade urbana – A pesquisa também mostrou que a bicicleta é o principal meio de transporte para 12% dos participantes.
Outro dado importante é o fato de que o transporte coletivo (ônibus) é o principal meio de locomoção em quase 25% das respostas.