Expectativa é que a dragagem do Canal de São Lourenço viabilize a recuperação da indústria naval e gere empregos na região
O prefeito de Niterói, Axel Grael, realizou nesta quarta-feira (6), uma vistoria no espaço onde será instalado o Terminal Pesqueiro de Niterói após a obra de dragagem do canal São Lourenço, que recebeu a aprovação definitiva da licença ambiental. O prefeito conheceu a infraestrutura do local ao lado dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite, e de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle de Niterói, Ellen Benedetti.
“Estivemos em uma visita ao espaço onde será viabilizado o Terminal Pesqueiro de Niterói, após a dragagem do Canal de São Lourenço, que é de responsabilidade do Governo Federal. A dragagem faz parte do Plano Niterói 450 e é uma estratégia essencial para a retomada econômica do município neste período pós-pandemia. A obra trará uma possibilidade de gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos na cidade”, destacou o prefeito.
A Prefeitura de Niterói custeou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) com um investimento de R$ 772 mil, para criar mecanismos que levem à dragagem do Canal de São Lourenço. O processo de elaboração do edital de licitação para a obra, esperada há mais de 40 anos pelo setor naval, já está em andamento.
O secretário Luiz Paulino Moreira Leite contou que uma prévia do estudo que foi pago pela prefeitura apontou que a dragagem deverá ser realizada em pontos específicos para tornar o local navegável, facilitando a circulação hídrica da região e evitando assoreamentos futuros.
“Temos uma grande expectativa de ajudar a indústria naval na cidade. Nunca se avançou tanto nos últimos anos em direção à tão sonhada obra da dragagem. A vida marinha também será beneficiada, pois a reabertura do canal, hoje aterrado, vai permitir a volta da circulação hídrica. A dragagem vai possibilitar, além da retomada do setor naval, que barcos de pesca de grande porte cheguem ao terminal pesqueiro. Assim, novas oportunidades de emprego vão surgir e os pescadores poderão ter melhores condições de trabalho”, destacou Luiz Paulino.
A licença ambiental é uma condição para a liberação das obras e dar início a todo o processo de contratação de empresas. Assoreado, o Canal de São Lourenço, que hoje tem 7 metros, passará a ter 11 metros de profundidade, permitindo a entrada de grandes embarcações e abrindo espaço para que o setor naval possa voltar a receber encomendas de construções de navios de grande porte, estimulando o setor de offshore. A obra do canal também irá favorecer a abertura do Entreposto de Pesca e impulsionar o setor, que é hoje o segundo maior em renda do agronegócio, além de ampliar as atividades portuárias e aduaneiras.
A visita também contou com a presença dos representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gilberto Alencar (Superintendente Federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro) e Rodrigo Lamego (representando a superintendente Estela Romano) e os agentes da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Aline Moriggi e Felipe Porto Moreira.