O espetáculo “CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também”, da Cia. Móvel de Teatro, se apresenta gratuitamente neste domingo (7), às 11h, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no Campo de São Bento, em Icaraí. A partir da história de Pedro Henrique, a peça discute a fluidez contemporânea dos vínculos afetivos e desmistifica o lugar-comum de que existe um papel de vítima ou algoz quando uma relação termina.
A premiada dramaturgia de Helena Hamam levanta questões intrigantes sobre relacionamentos passados e a ilusão de decifrar a subjetividade do outro, como se fosse um quebra-cabeça a ser montado. A encenação mistura as linguagens do teatro físico, gestual e circense para explorar o amor sob uma perspectiva não-heteronormativa.
Em ‘CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também’, a fisicalidade e a concepção de uma encenação não cotidiana aparecem em certos momentos da história, em contraponto com gestos mais cotidianos e até documentais. Essa proposta, junto com o cenário, o figurino e elementos poéticos, costuram essa narrativa criando esse fluxo entre o real e o ficcional”, destaca Helena Marques, que codirige a peça junto ao ator Daniel Leuback, que também atua ao lado de Helena Hamam e Raphael Pompeu.
A peça busca diversidade nas narrativas promovendo uma identificação mais ampla do público e estabelecendo um diálogo com as necessidades dos espectadores adolescentes e jovens adultos. A orientação sexual das personagens nunca é enfatizada nem se torna o ponto central da discussão; pelo contrário, é tratada de forma natural, como deveria ser. Além disso, a montagem aborda os aspectos do machismo e da homofobia, mesmo quando praticados por pessoas supostamente desconstruídas e aliadas.
“Ter esse tipo de temática abordada sem rodeios, de maneira não estereotipada, e simplesmente falar sobre o amor e suas dores, seja entre quem for, significa reafirmar a potência de se poder ser quem se é e encontrar um ponto de apoio onde se identificar, se sentindo acolhido, seja qual for a sua orientação sexual”, enfatiza Daniel.
A Cia Móvel de Teatro optou por apresentar este espetáculo em espaços não convencionais, visando redefinir a interação da arte com o público e facilitar o acesso às discussões que ele provoca. Os diretores Helena Marques e Daniel Leuback, ambos envolvidos em projetos anteriormente indicados ao Prêmio Shell, viram nesta mudança uma oportunidade de reinventar a encenação e explorar novas linguagens.
O Projeto “CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também” conta com incentivo da Prefeitura de Niterói, por meio da Chamada Pública de Fomentão e pela Lei Paulo Gustavo, promovidos pela Secretaria Municipal das Culturas.
Sinopse:
“CLICHÊ ou Maria, João, Mas Tinha o Pedro também” conta a história de dois desconhecidos que viveram uma história de amor com a mesma pessoa que, apesar de ser a causa do conflito entre eles, não está presente no momento. Ao se encontrarem, passando a limpo as semelhanças e as diferenças de suas histórias com essa pessoa em comum, descobrem informações que transformam a visão sobre seus relacionamentos e sobre si mesmos.
A Cia Móvel de Teatro
A Cia Móvel de Teatro foi fundada por Raphael Pompeu e Daniel Leuback, dois artistas e educadores que compartilham o desejo mútuo de desenvolver projetos teatrais com o objetivo principal de agregar e mobilizar artistas. A companhia tem como foco de pesquisa o teatro físico, gestual e circense em seus projetos, destacando-se o espetáculo “CLICHÊ ou Maria, João, Mas Tinha o Pedro também” conta a história de dois desconhecidos que viveram uma história de amor com a mesma pessoa que, apesar de ser a causa do conflito entre eles, não está presente no momento. Ao se encontrarem, passando a limpo as semelhanças e as diferenças de suas histórias com essa pessoa em comum, descobrem informações que transformam a visão sobre seus relacionamentos e sobre si mesmos. “CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também” como seu trabalho atual, além de leituras dramatizadas e cenas curtas. A companhia já participou de festivais e mostras teatrais, conquistando 9 prêmios e 13 indicações, além de ter sido selecionada em seis editais de fomento à cultura em Niterói.
Helena Marques – direção
Helena Marques é atriz, diretora e fundadora da Dobra. É formada em Artes Cênicas pela Unirio e pela LISPA (Escola Internacional de Artes Performáticas de Londres), além da formação em Canto Popular pela Escola Estadual de Música Villa-Lobos. Hominus Brasilis, espetáculo da Dobra em que dirigiu e atuou, recebeu indicações ao Prêmio Shell de Melhor Direção e ao Prêmio Cesgranrio na Categoria Especial, pela pesquisa do espaço cênico através da Plataforma, além de ter representado o Brasil nos EUA (2016), China (2017), Argentina (2017) e Portugal (2019).
Daniel Leuback – atuação e direção
Ator e diretor teatral, Mestre em Artes da Cena pela UNICAMP, graduado em Artes Cênicas pela UNIRIO e especialista em Preparação Corporal nas Artes Cênicas pela Faculdade Angel Vianna. Atualmente, é professor de teatro no CEFET/RJ. Entre os principais trabalhos se destacam integrar o elenco do espetáculo ‘Irmãos de Sangue’, da Cie. Dos à Deux, vencedor em duas categorias no Prêmio Shell/RJ 2014 e a direção de movimento do espetáculo ‘A Vida Ao Lado’, indicado na categoria de melhor direção no Prêmio Shell/RJ 2018. Recentemente, integrou o elenco
Serviço:
CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também
Quando: 07/07 (domingo às 11h)
Onde: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno
Endereço: Campo de São Bento, Icaraí – Niterói
Duração: 50 minutos
Faixa etária: 12 anos
Ingresso: gratuito
Instagram: @ciamoveldeteatro
Ficha técnica:
Idealização: Cia Móvel de Teatro
Codireção teatral: Daniel Leuback e
Helena Marques
Dramaturgia: Helena Hamam
Elenco: Daniel Leuback, Helena Hamam e
Raphael Pompeu
Desenho e operação de luz: Raphael Grampola
Cenário e Figurino: Erika Schwarz
Assistência de cenário: Bianca Bühring
Produção executiva: Nívia Azevedo
Direção de Produção: Raphael Pompeu
Assistência de produção: Fernanda Guerreiro
Operação de som: Daniel Scarcello
Com músicas de Daniela Spielmann
Intérprete de Libras: Alex Sandro Lins e Kairu Lopes
Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues/ Aquela Que Divulga
Fotos: Renato Mangolin
Fonte: Lyvia Rodrigues