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Foto: Divulgação

Cerca de 60 mulheres integrantes de projetos do MMSG assistiram, em sessão exclusiva, o filme ‘A Melhor Mãe do Mundo’, no Cinema da Reserva em Niterói

 

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), em parceria com Cinema Reserva Cultural em Niterói, a ‘CEDAE por Elas’ e Petrobras, promoveu, na terça-feira, uma sessão exclusiva do filme “A Melhor Mãe do Mundo” para adolescente e mulheres integrantes dos projetos da instituição, na Reserva Cultural, em São Domingos, Niterói.

Cerca de 60 mulheres, de diferentes idades, oriundas de regiões periféricas de São Gonçalo e Itaboraí, participaram da projeção exclusiva do filme, que faz parte “Cine Debate Agosto Lilás” em alusão ao marco anual de conscientização e enfrentamento à violência contra as mulheres.

O filme “A Melhor Mãe do Mundo” mostra a vida da catadora de recicláveis Gal (Shirley Cruz) que decide fugir dos abusos do marido Leandro (Seu Jorge) após tentar denunciá-lo e ser ignorada pela polícia. Focada em proteger seus filhos, a mulher abandona a casa, coloca suas duas crianças pequenas, Rihanna e Benin, na carroça e as leva numa jornada pela cidade de São Paulo. Após a projeção do filme, que emocionou e foi aplaudido pela plateia, ocorreu uma roda de conversa com a psicóloga Patrícia Muniz (Projeto Vozes Periféricas), Verônica dos Santos (Coordenadora técnica do Projeto ‘CEDAE Por Elas’) e a assistente social Moara Zanetti (Responsabilidade Social da Petrobras).

Atriz enviou vídeo às participantes

A atriz Shirley Cruz (protagonista do filme) enviou uma mensagem de vídeo às participantes falando sobre a importância do combate e prevenção à violência contra as mulheres. Ao final do evento foi servido um coffee break oferecido pelo Cinema Reserva Cultural Niterói. Um ônibus e duas vans cedidas pela CEDAE fizeram o transporte das participantes.

“A atriz está de parabéns, pois representou a vida de milhares de mulheres que sofrem violência e precisam lutar para vencer os obstáculos e criar os filhos nessa situação de vulnerabilidade. Ela conseguiu apoio em uma ocupação, que era liderada por outras mulheres, e seguiu a sua vida. Um exemplo de luta e resistência”, disse a assistente administrativa Ana Paula Vieira, 42 anos.

Importância da Rede de Apoio

A psicóloga Patrícia Muniz (Projeto Vozes Periféricas) destacou a importância da rede de apoio em casos de violência doméstica.

“A protagonista do filme mostrou que as mulheres vitimadas por violências, em suas diversas camadas, sobretudo às que vivem em situação de vulnerabilidade social, têm muita dificuldade de superar os obstáculos impostos pela rotina como mulher, dona de casa e mãe. Contudo, nesses casos, como demonstrado no filme, as redes de apoio são fundamentais, sejam da família, amigos ou políticas públicas”, explicou Muniz.

‘Temos que vencer o sentimento de culpa’

Já a coordenadora técnica do Projeto ‘CEDAE Por Elas’, Verônica dos Santos, alertou para o ‘sentimento de culpa’ das mulheres quando são vítimas de violência ou não

conseguem dar conta das demandas domésticas.

“É comum, como muito bem demonstrado no filme, que as mulheres carregam um sentimento de culpa por não dar conta das demandas domésticas e, muitas vezes, até quando são vítimas de violência. A personagem mostrou que temos que vencer esse sentimento de culpa e procurar a rede de apoio para superar as violências”, desctacou Verônica.

‘O autocuidado é necessário e vital para as mulheres’

A assistente social Moara Zanetti ((Responsabilidade Social da Petrobras) enfatizou a importância do autocuidado, pois as mulheres costumam cuidam dos outros, da casa, dos filhos, e esquecem de si próprias.

“Essa discussão sobre o autocuidado é de suma importância, pois as mulheres cuidam das rotinas domésticas, se preocupam com os filhos e muitas vezes esquecem de cuidar delas mesmas. O autocuidado é necessário e vital para as mulheres. No filme, a cena do banho da Gal (personagem principal) retrata isso, pois ela, simbolicamente, cuida do corpo, da alma e pode pensar em novas possibilidades de vida”, reitera Zanetti.

Desde 1989, em defesa dos Direitos Humanos

O MMSG é entidade da sociedade civil, que atua sem fins lucrativos, fundada há 36 anos (1989), cuja missão é enfrentar todas as formas de preconceitos e discriminações

de gênero, raça/etnia, orientação sexual, credo, classe social e aspectos geracionais. A instituição trabalha em defesa dos direitos de crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosas, em especial, àquelas que são vítimas de diversas formas de violências, seja no âmbito doméstico ou extrafamiliar, ou que estejam vivendo com HIV/AIDS.

Parcerias de sucesso e novos projetos

Durante as apresentações, Marisa Chaves agradeceu a todos os parceiros, entre entidades públicas e privadas, além de ajuda internacional como a ‘Brazil Foundation’ e Fundação Rare Beauty, que apoiam o MMSG em seus projetos. No Brasil, o MMSG recebe apoio das Prefeituras de São Gonçalo e Niterói, da Fundação para Infância e Adolescência (FIA), do Ministérios da Saúde e das Mulheres, CEDIM-RJ, Instituto

Profarma e da Petrobras, que já financiou 5 projetos, desde 2006, e atualmente, apoia o Projeto NEACA Tecendo Redes, com núcleos de atendimentos em São Gonçalo, Itaboraí e Duque de Caxias.

Não se cale. Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei. Ligue 180 e denuncie!

Em caso de ajuda, o MMSG disponibiliza seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, no endereço abaixo:

MMSG (SG) – Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)

 

Foto: Divulgação

Fonte: MMSG

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