Apesar de mais comuns em mulheres, cerca de 1% dos casos de morte por esta doença acomete os homens. Conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram registrados naquele ano 18.295 mortes por câncer de mama, com 18.068 casos em mulheres e 227 em homens.
A mastologista Flávia França aponta que, apesar de não existir protocolo de rastreamento de câncer de mama pela mamografia para os homens, é importante que estes procurem um profissional caso percebam alguns sintomas na região da mama.
“Os homens podem e devem realizar a mamografia caso tenha algum sintoma mamário, como nódulos palpáveis, saída de secreção pela papila mamária ou lesões na pele da mama, papila ou aréola”, alerta Flávia, que também é professora da Medicina UniFTC.
Além da mamografia, a especialista também destaca outros exames que tanto homens quanto mulheres devem realizar junto a mamografia, para uma maior eficiência na detecção do câncer, principalmente se alguma alteração for identificada. “Pode ser necessário complementar o exame com ultrassonografia mamária ou com biópsias de mama. É importante a avaliação do exame pelo mastologista”.
Além disso, a mastologista Flávia França acrescenta a importância da mamografia no diagnóstico precoce da doença, ajudando que o paciente passe por cirurgias menos invasivas e com maior possibilidade de cura.
CAUSADORES DO CÂNCER DE MAMA
Diversos fatores podem aumentar o risco do aparecimento do câncer de mama, sendo eles externos, hormonais ou genéticos. Segundo levantamento realizado pelo Inca, os fatores externos mais comuns são obesidade e sobrepeso, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc) e tabagismo.
Já os fatores hormonais capazes de aumentar o risco da doença são ter a primeira menstruação antes de 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona), ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Por último, o Inca lista fatores genéticos capazes de causar ou agravar o câncer de mama, sendo eles: história familiar de câncer de ovário, casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos e história familiar de câncer de mama em homens. *Colaboração: Raisa Rodrigues