DRA. JULIANA

Dra. Juliana Alaite. Foto/Divulgação

Juliana Alaite, CEO e especialista em saúde integrativa, destaca como o equilíbrio emocional é essencial para a prevenção de doenças

O mês de maio é marcado por diversas campanhas de saúde, entre elas o Maio Verde, voltado à conscientização sobre a saúde integral da mulher — incluindo corpo e mente. A iniciativa propõe uma reflexão sobre os desafios que impactam a vida feminina diariamente e a necessidade de colocar o autocuidado como prioridade.

Segundo Juliana Alaite, CEO e especialista em saúde integrativa, é impossível falar de saúde da mulher sem abordar o impacto das emoções. “O corpo e a mente estão diretamente conectados. Estresse, sobrecarga e falta de tempo para si mesma não são apenas desconfortos emocionais — eles se manifestam fisicamente, afetando desde o sono até o funcionamento hormonal e imunológico”, afirma.

Dra. Juliana Alaite. Foto/Divulgação

Para Juliana, a saúde mental da mulher precisa ser tratada como uma prioridade diária, e não apenas quando há sinais de esgotamento. “O problema é que muitas mulheres são ensinadas a cuidar de todos antes de cuidarem de si. Mas isso precisa mudar. Cuidar da saúde emocional é um ato de amor-próprio e também de prevenção”, destaca.

Entre os principais problemas enfrentados pelas mulheres estão a ansiedade, a fadiga crônica, a insônia e sintomas relacionados ao ciclo menstrual ou à menopausa. “Muitas vezes, esses sintomas são tratados isoladamente, mas na saúde integrativa buscamos entender o todo — os hábitos, as emoções, o ambiente”, explica Juliana.

Ela reforça que pequenas mudanças de rotina podem fazer grande diferença: pausas conscientes no dia, práticas de respiração, alimentação equilibrada e, principalmente, a escuta ativa das próprias necessidades. “Nenhuma mulher deve normalizar o cansaço extremo, a tristeza constante ou a sensação de que precisa dar conta de tudo. É preciso se permitir parar, respirar e pedir ajuda quando necessário”, conclui.

Juliana destaca ainda que a prática regular de atividade física é uma ferramenta poderosa para descarregar tensões acumuladas, aliviar o estresse e favorecer o equilíbrio emocional. “Mexer o corpo ajuda a regular o humor, melhora a qualidade do sono e reduz a ansiedade. É uma forma natural e acessível de autocuidado que muitas vezes é deixada de lado diante da rotina corrida”, observa.

Outro recurso importante são os fitoterápicos. “Temos hoje ativos naturais incríveis com ação ansiolítica, calmante e que ajudam na qualidade do sono, sem os efeitos colaterais dos medicamentos controlados. É claro que cada caso precisa ser avaliado, mas agir nos primeiros sinais de estresse e ansiedade com fitoterápicos pode evitar que o quadro evolua para algo mais grave, que demande remédios de faixa preta, como antidepressivos ou ansiolíticos pesados”, orienta.

Um aspecto muitas vezes negligenciado, segundo Juliana, é o impacto do relacionamento conjugal na saúde emocional da mulher. “Quando a mulher tem um parceiro com quem divide afetos, responsabilidades e momentos de conexão, isso se reflete positivamente no emocional. Por outro lado, quando o relacionamento está desgastado, isso interfere em todas as outras áreas da vida — aumenta o estresse com os filhos, compromete o desempenho no trabalho e fragiliza a autoestima”, comenta.

Para ela, é essencial que as mulheres também invistam intencionalmente na qualidade da vida a dois. “Criar momentos só para o casal, como uma viagem curta, uma caminhada ou um esporte juntos, é uma forma de preservar o vínculo e manter a saúde emocional em equilíbrio. Infelizmente, muitas mulheres priorizam tudo e todos, menos o próprio relacionamento, e isso tem um custo alto para a saúde mental”, finaliza.

Fonte: DAIANE BOMBARDA

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