A maior exposição de arte da Coreia do Sul realizada no Brasil chega ao Salão Principal do Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói no dia 9 de junho. Com curadoria da jornalista Ana Cláudia Guimarães, “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” convida o público para um mergulho em uma das mais populares tradições culturais coreanas a partir da experiência imersiva com instalações em site especific. As milenares lanternas coloridas de seda dialogam com elementos cenográficos contemporâneos, transportando os visitantes à famosa cidade de Jinju, que desde os anos 1500 sedia um dos mais tradicionais festivais culturais do país.
Na véspera da abertura da exposição, no dia 8 de junho, às 19h, o MAC Niterói e o Cristo Redentor serão iluminados ao mesmo tempo, com as cores da bandeira da Coreia do Sul: vermelho e azul. E com uma ação de videomapping o Cristo ficará vestido com um hanbok – traje típico coreano feito de seda e utilizado em casamentos e celebrações específicas. Estarão presentes no MAC o embaixador Ki-Mo Lim, o prefeito de Niterói, Axel Grael, e o diretor do Centro Cultural Coreano, Cheul-Hong Kim. O duo de cordas formado pelos músicos Hyu-Kyung Jung (violino) e Eduardo Swerts (violoncelo) farão uma apresentação com repertório de clássicos coreanos.
O MAC Niterói será ocupado por túneis coloridos formados por 1200 lanternas de seda originais da cidade de Jinju. No final dos túneis, o público encontra uma enorme lua em 3D, além de instalações, fotos e vídeos da cidade e do Festival Jinju Namgang Yudeung, mostrando a unidade entre a tradição e a contemporaneidade. Além das lanternas, estarão expostos os Hanboks. A exposição também conta com a presença do mascote de Jinju, a lontra Hamo, de 3 metros de altura.
“A exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” cria uma ponte luminosa que une passado e presente. Atravessa o oceano para nos conectar a uma cultura milenar por meio de delicadas lanternas, produzidas manualmente a partir de uma seda fabricada desde o século XII, exclusivamente, em Jinju, pequena cidade da Coreia do Sul. Acesas, geram trilhas de memória e emoção. Um universo em que cores e formas conduzem a uma experiência única de imersão. As curvas e formas do MAC projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer geram um rico diálogo entre culturas e tempos tão distintos e nos transpõe a essa festividade. Hoje, as luzes representam um momento de celebração num país cuja riqueza cultural tem encantado o mundo”, diz a curadora Ana Cláudia Guimarães.
A tradição das lanternas de seda começou no século XII. Os artefatos passaram a ser usados como meio de tática militar e meio de comunicação na 1ª Batalha da Fortaleza de Jinjuseong, durante a Guerra Imjin (1592-1598), entre 3.800 soldados do Exército Suseong (Coreia), que protegiam o castelo, e 20.000 soldados japoneses. Os coreanos usaram a lanterna no Rio Namgang em uma noite escura para avistar os japoneses, impedindo-os de cruzar o rio. Além de tática militar, as lanternas também foram usadas para enviar recados aos familiares fora da fortaleza. Mais tarde, a população da cidade de Jinju começou a lançar lanternas no Rio Namgang para homenagear as almas dos soldados que se sacrificaram, como símbolo de resistência.
A tradição deu lugar ao Festival Jinju Namgang Yudeung como um evento de destaque na Coreia, que é conhecido internacionalmente e todo ano reúne mais de 2 milhões de pessoas. A festividade foi designada pelo Ministério da Cultura, Esportes e Turismo como o festival representativo da Coreia e ainda foi selecionada como um festival de luxo global de desenvolvimento da Coreia por 5 anos consecutivos.
A exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” tem organização do Centro Cultural Coreano no Brasil e da Prefeitura de Jinju e realização da Scuola di Cultura e de Ana Cláudia Guimarães. O patrocínio é da Prefeitura de Niterói, Neltur (Niterói Empresa de Lazer e Turismo), FAN (Fundação de Arte de Niterói), Embaixada da República da Coreia, Santuário Cristo Redentor, Instituto Redemptor, Hyundai e Ecoponte. Apoio de Casal Garcia.
Serviço