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Iniciativa visa ampliar o acesso a tratamentos de alta complexidade e reduzir o tempo de espera pelo serviço especializado
Mais de 140 pacientes foram beneficiados com o mutirão de cirurgias eletivas de joelho e procedimentos ortobiológicos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro. A ação, que integra o programa Agora Tem Especialistas, teve início na última quarta-feira (29/10) e termina nesta terça-feira (4/11), tendo como objetivo reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao tratamento cirúrgico de alta complexidade.
Foram realizadas cerca de 45 cirurgias e mais de 100 procedimentos ortobiológicos, que estimulam a resposta anti-inflamatória natural das articulações e ajudam a evitar a degeneração dos tecidos. Entre os procedimentos estão artroplastias de joelho e cirurgias de medicina esportiva – como reconstrução de ligamentos e reparo de meniscos – voltadas à recuperação da mobilidade e à melhoria da qualidade de vida de pacientes com lesões ortopédicas crônicas.
“O mutirão é um passo importante para acelerar o acesso dos pacientes do SUS ao tratamento cirúrgico e oferecer um cuidado mais humanizado. Nosso foco é devolver qualidade de vida e reduzir o tempo de espera de quem aguarda por uma cirurgia de alta complexidade”, destaca o diretor do INTO, José Paulo Gabbi.
Os tratamentos ortobiológicos representam uma alternativa menos invasiva e com potencial para retardar a progressão de doenças articulares, como a artrose. Ao reduzir a dor e melhorar a mobilidade, esses procedimentos podem evitar que muitos pacientes evoluam para quadros mais graves e, consequentemente, para a necessidade de prótese no futuro.
“É uma abordagem inovadora, com enorme potencial de transformar a política de saúde pública em ortopedia no país. Por meio dos tratamentos ortobiológicos, conseguimos atender um número maior de pacientes com menor custo e resultados clínicos significativos, evitando o agravamento da osteoartrite e, em muitos casos, a necessidade de cirurgias mais complexas, como a prótese total do joelho”, explica José Paulo Gabbi.
Da consulta ao pós-operatório
O mutirão também mobilizou o atendimento no ambulatório de pré-internação, com a oferta de mais de 100 consultas multidisciplinares, que incluem avaliação médica, de enfermagem, fisioterapia e serviço social. Essa etapa é essencial para garantir o preparo adequado e seguro dos pacientes antes das cirurgias.
Os pacientes receberam alta no mesmo dia dos procedimentos, exceto aqueles submetidos à artroplastia. No pós-operatório, todos contaram com acompanhamento especializado da equipe de fisioterapia, voltado à recuperação funcional e ao retorno mais rápido às atividades cotidianas.
Para a aposentada Verônica Maria Campos, de 68 anos, uma das pacientes contempladas pelo mutirão, a cirurgia representou o fim de uma dor que a acompanhava há décadas.
“Antes da operação, era um sacrifício. Eu sentia dor pra dormir, pra levantar, pra caminhar, até pra ir ao banheiro. Fui deixando de fazer o que eu gostava — caminhar, passear, até ir ao carnaval. Hoje estou muito feliz. Posso sonhar em voltar a ir à praia, ver meus amigos, aproveitar a vida”, comemora a paciente.
Esta é a segunda fase do mutirão, que no início de outubro já havia realizado mais de 300 atendimentos voltados ao tratamento de quadril, incluindo cirurgias de alta complexidade e consultas de internação e acompanhamento.
Fonte: INTO Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
