Queda no desmatamento, monitoramento e restauração florestal, além de ações para implementação de resiliência urbana são algumas das políticas ambientais apresentadas no primeiro dia de debate
O Governo do Estado iniciou sua participação nos debates da COP28 nesta sexta-feira (1º/12). No painel ‘Governança multinível para o fortalecimento da integração climática nacional’, o vice-governador e secretário do estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, falou dos avanços e desafios do Rio de Janeiro. Ele destacou a retomada do Fórum de Mudanças Climáticas, instituído há muitos anos, mas implementado na gestão do governador Cláudio Castro. Na segunda agenda, Pampolha palestrou ao lado dos governadores do Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, entre outras autoridades participantes do Diálogo colaborativo entre Estados do Consórcio de Governadores pelo Clima Brasil Verde.
Ressaltando que o território fluminense é tão diverso e desafiador quanto o próprio país, com variedade de relevos – serras, baixadas e litoral – cheias, secas ou fortes chuvas e questões sociais, como as 1.500 comunidades com populações mais vulneráveis, Pampolha fez um panorama das diversas frentes de atuação do estado, refletindo que a questão habitacional é o primeiro eixo prioritário de atenção.
O vice-governador e secretário do estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha. Foto/Divulgação: Aline Lopes
— Temos olhado para os projetos que estão dando certo no cenário internacional e trazendo para aplicação no nosso território. É necessária a atenção às comunidades mais vulneráveis, preveni-las contra as enchentes, cheias e realizar obras de adaptação e resiliência urbana. Nesse sentido, temos a parceria com a ONU-Habitat que, entre os resultados, vai qualificar o Governo do Estado do Rio de Janeiro para implementar estratégias de resiliência urbana e climática — disse o vice-governador.
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Pampolha falou ainda de projetos como o Floresta do Amanhã, Olho no Verde, principais aliados de preservação, restauração e contra o desmatamento da Mata Atlântica, destacando a meta de restaurar 440 mil hectares florestais até 2050, contribuindo com 159 milhões de toneladas de CO2 absorvidos pela biomassa aérea, além do grande potencial de absorção pelo solo tropical e manutenção hídrica das regiões. Além disso, as ações do governo estadual na pauta da transição energética foram mencionadas pelo vice-governador e secretário do Ambiente:
— Estamos apostando no que o próprio Estado do Rio de Janeiro tem de potencial para que essa transição ocorra conectada com a realidade dos centros urbanos e rurais do nosso estado, sem gerar crises e descontinuidades de políticas públicas. Ou seja, vamos trabalhar para potencializar a expertise que já temos, seja buscando novas perspectivas na economia do mar, na nossa indústria naval e no capital humano que o território fluminense dispõe — refletiu Pampolha.