“Felicidade, alegria e diversão. Um momento para celebrar nossas conquistas e inclusão.” Foram essas as palavras que Aderlan Couto Júnior, de 22 anos, um dos usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do CRAS Neves, usou para expressar a emoção de participar do X Festival Estadual Nossa Arte, evento realizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que aconteceu no Teatro Popular Oscar Niemayer, em Niterói. Com o intuito de promover a inclusão da pessoa com deficiência e apresentar a autonomia e os talentos dos alunos, o evento, que aconteceu pela primeira vez em Niterói, contou com apresentações de música, dança, teatro, folclore e artes visuais, com apresentações realizadas por pessoas beneficiadas pela Apae, com o intuito de promover a inclusão. O grupo formado por 12 jovens do SCFV, que através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social ofertam oficinas culturais e socialização, apresentou a dança folclórica “O Tambor do Boi Bumbá” e interpretaram clássicos do pagode na modalidade artes musicais.
O facilitador Argeilson Joaquim é quem desenvolve as oficinas de teatro e dança com o grupo no centro de referência. Para ele, ver seus alunos brilhando no palco representa a valorização das diferenças e a luta desse público. “É um sentimento de muito orgulho ver nossos usuários tão felizes, brilhando no palco. É o resultado de um trabalho desenvolvido nos equipamentos, com muito carinho, amor e pela luta por garantia de direitos”, afirmou Argeilson. A coordenadora do CRAS Neves, Dirlane Maria de Aquino, também esteve presente no festival e destacou a importância de eventos desse tipo na vida de cada um desses jovens. “Quando o trabalho é desenvolvido com respeito, possibilita a cada usuário a oportunidade de desenvolver seu potencial, dentro de sua singularidade, tirando esse estigma da exclusão, palavra que nem deveria ser mencionada. Inclusão é pertencimento, dignidade e vida!”, disse ela. A secretária da pasta, Marta Maria Figueiredo, destacou a importância da luta por garantia de direitos. “É uma alegria enorme poder ver essas pessoas vivendo momentos inesquecíveis através da arte. Como poder público precisamos ter um olhar diferenciado para todos os segmentos que atendemos, e estaremos sempre lutando pela valorização desses grupos”, ressaltou Marta.