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Foto/Divulgação: Leonardo Fonseca

Polinização dos insetos é essencial para espécies orgânicas cultivadas na fazenda da Codemar e potencializam as pesquisas sobre mel

A flora nativa da Fazenda Nossa Senhora do Amparo, no Caju, onde está instalado o projeto Farmácia Viva, é composta por espécies de plantas que atraem e sustentam populações de abelhas. Para potencializar essa interação do ecossistema, o Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) instalou nove colmeias de abelhas sem ferrão no local. O projeto é fruto de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) e a instituição de ensino.

As espécies Jataí, Mandaçaia e Uruçu-amarela foram instaladas perto da entrada da Farmácia Viva. Assim, os visitantes podem acompanhar de perto o fascinante trabalho desses insetos tão importantes na manutenção da biodiversidade. Cada colmeia abriga entre 200 e mil abelhas, garantindo uma produção de mel estimada entre três e seis litros por ano, por colmeia (ao todo nove), além da produção de própolis.

Foto/Divulgação: Leonardo Fonseca

A iniciativa da Codemar com a UFRRJ reforça o compromisso em integrar conservação ambiental, produção sustentável e educação, promovendo o desenvolvimento local e o envolvimento da comunidade em atividades que valorizam a biodiversidade e o respeito à natureza.

A presença significativa de abelhas desempenhando a polinização foi percebida após a implementação do projeto que cultiva espécies medicinais como alecrim, manjericão, lavanda e camomila. Segundo o coordenador do projeto e professor da UFRRJ, João Araújo, as abelhas são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas.

“Elas são parte da biodiversidade tão importante para a espécie humana. Pelo menos 70% das espécies agrícolas cultivadas são polinizadas pelas abelhas. Estamos falando sobre alimentos e preservação dos biomas. No caso das abelhas nativas sem ferrão, são responsáveis por mais de 90% da sobrevivência dessas espécies tão importantes para o equilíbrio climático”, assegura o professor.

Foto/Divulgação: Leonardo Fonseca

Manutenção da biodiversidade

As colmeias estão sob responsabilidade do especialista em Apicultura do Instituto de Zootecnia da UFRRJ, professor Guaraci Duran Cordeiro, que iniciou o projeto há dois meses.

“Ao voarem de flor em flor em busca de néctar e pólen, elas desempenham um papel fundamental na polinização, um processo essencial para a reprodução das plantas e para a manutenção da biodiversidade. Ao visitar flores em busca de néctar, as abelhas carregam o pólen de uma flor para outra, permitindo a fecundação e a produção de frutos e sementes. A polinização garante a diversidade de plantas, fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas”, explica o professor.

Em uma área mais distante, também foram instaladas cinco colmeias de abelhas africanas (com ferrão). Cada colmeia abriga cerca de 30 mil abelhas e tem uma produção anual esperada de 15 a 30 quilos de mel.

Foto/Divulgação: Leonardo Fonseca

Fazenda ganha meliponário

Pensando no crescimento e no fortalecimento das atividades do Projeto Farmacopeia Mari’ká, será instalado no próximo mês, um meliponário com mais nove colmeias de abelhas sem ferrão. Esse novo espaço será muito mais do que apenas um local de manejo: ele se tornará um ponto de visitação e aprendizado, aberto à comunidade e aos interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre meliponicultura.

No meliponário, além de observar as abelhas em seu ambiente natural, serão oferecidos cursos e oficinas voltados para produtores e iniciantes que desejam explorar o universo da produção de mel e outros produtos melíferos. A proposta é atender tanto a população do município de Maricá quanto das regiões adjacentes, incentivando práticas sustentáveis e gerando novas oportunidades econômicas e ambientais.

Fonte: marica.rj.gov.br

 

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