Inscrições disponíveis para pessoas com idade entre 5 e 25 anos que estejam inscritas em programa social
A Prefeitura de Niterói está com inscrições abertas para a equoterapia social no Parque Rural, no Engenho do Mato. A equoterapia é um tipo de tratamento de reabilitação para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Poderão se cadastrar pessoas com idade entre 5 e 25 anos, que estejam inscritas em algum programa social e apresentem os laudos médicos exigidos. Uma equipe fará a avaliação técnica de cada inscrição. A atividade tem previsão de início em novembro e será oferecida de forma gratuita.
O subsecretário Municipal de Governo, Alexsandre Sampaio, explica a importância deste tipo de terapia em tratamentos de saúde.
“A equoterapia é um método terapêutico físico, ocupacional e educacional que utiliza cavalos para estimular o desenvolvimento das funções neurológicas de pessoas com deficiência, como Síndrome de Down, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou autismo. É uma grande conquista para a cidade e um avanço para a inclusão, oferecer a equoterapia gratuitamente no Parque Rural de Niterói”.
O Parque Rural possui uma pista de quase 6 mil metros quadrados destinada aos cavalos. A terapia equestre é mediada por profissionais que atuam em uma equipe multiprofissional composta por um instrutor e um auxiliar de equitação, um fisioterapeuta e um psicólogo que trabalham em perspectiva interdisciplinar.
“Teremos uma equipe multidisciplinar treinada pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE Brasil). Nossa pista é a segunda maior da América Latina. Começar a terapia assistida por cavalos é a realização de mais um sonho, depois da criação do parque. Esse projeto vai melhorar a vida das pessoas”, conta Simone Siqueira, coordenadora do Parque Rural.
Danielle Bizzo é fisioterapeuta há 19 anos e conta sobre os benefícios da prática do tratamento com a equoterapia.
“Os benefícios da terapia no cavalo estão ligados principalmente à locomoção. A marcha do cavalo simula o movimento do corpo humano e isso dá um estímulo ao praticante para que possa movimentar sua musculatura. Com o tempo, o cérebro entende que aquele movimento precisa ser feito involuntariamente. Cada praticante evolui em um tempo diferente, mas desde o primeiro mês já se pode perceber uma recepção e reação aos estímulos. A mudança física vem com o tempo, mas o comportamental, a melhora na socialização, é perceptível logo no início”.
A equitação terapêutica pode trazer diversos benefícios para quem monta, seja na saúde física, mental, formação e desenvolvimento físico, como o fortalecimento da musculatura, melhora da postura, estimulação do cérebro, melhora do equilíbrio e da autoconfiança, melhora da interação social, além de trabalhar a parte respiratória do corpo e proporcionar contato com a natureza e ajudar as pessoas a manter-se ativas.
A psicóloga Luanna Campos vai participar das atividades antes e durante a terapia, tanto com o paciente quanto com a família.
“O psicólogo participa da triagem e faz o acolhimento e o acompanhamento das famílias durante o tratamento. Durante a conversa com as famílias, vamos avaliar o comportamento da criança ou adulto que faz o tratamento durante a semana, na sua rotina. Além do trabalho com as famílias, vamos acompanhar o paciente durante a terapia. Esse é um trabalho pioneiro no Parque Rural de Niterói. Estamos muito felizes em começar esse trabalho que vai ajudar muitas famílias. A equoterapia proporciona uma evolução muito grande física e psicológica e traz uma melhora no bem estar”.
Inscrições – Para participar da equoterapia social, o candidato deve ter entre 5 e 25 anos e ser inscrito em algum programa social. Além disso, é necessário enviar para o e-mail equoterapia.
– Identidade, CPF e comprovante de residência do praticante e do responsável
– Laudo médico com pedido e liberação para equoterapia
– Encaminhamento médico neurológico indicando a equoterapia
– Todos os exames que possuir do último ano
– Encaminhamento do neurologista ou neuropediatra e do psicólogo ou psiquiatra.
*Todos os laudos e encaminhamentos devem ser emitidos por médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). A documentação será analisada pela equipe técnica, que entrará em contato com os responsáveis.