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Fotos que estarão expostas no Ciep da Nova Holanda. Foto/Divulgação

O primeiro clique foi há três anos, de celular, da Igreja da Candelária, no centro do Rio. De 2022 para cá, o fotógrafo Marcelo Silva de Almeida, de 24 anos, já perdeu a conta de quantas fotos fez ao “bater perna’’ pela cidade. Ex-aluno de curso de audiovisual da Nave do Conhecimento Nova Brasília, no Alemão, e de fotografia na Navezinha Carioca Maré, ele mostra nesta segunda-feira, dia 15/12, ao lado de vários outros jovens, um de seus trabalhos na exposição “Retratos que vêm de dentro”, no Ciep Hélio Smidt, na Nova
Holanda.


A mostra, organizada pela Uniperiferias em parceria com a Navezinha Carioca Maré, reúne 35 fotos do colégio, de salas de aula e de alunos, entre outras. Ela será inaugurada às 10h no Ciep que fica na Rua Tancredo Neves, sem número.
“São olhares sobre o dia a dia de quem vive e estuda na Maré. Quando a periferia, que é potente, recebe incentivo, acesso a mais saberes, possibilidade de expressar sua criatividade e tirar seus sonhos do imaginário, é capaz de criar/desenvolver coisas maravilhosas”, destaca Mateus Affonso, coordenador da área de tecnologia da Uniperiferias.

Marcelo de Almeida ensina estudantes da Maré a fotografar. Foto/Divulgação

Para Arthur Pedro, também da Uniperiferias, “a exposição revela a grandeza das crianças e jovens e a força da Maré, que não aceita ser apenas alvo de trauma, mas reivindica ser agente protagonista de resistência, transformação e reinvenção da vida”. ‘Estou orgulhoso. Levei para o meu território parte do que aprendi fora dele’ Além de uma de suas fotos, Marcelo Silva de Almeida também verá expostas imagens que ajudou a imortalizar, já que trabalhou durante um dia como instrutor dos alunos do Ciep Hélio Smidt.

Fotos que estarão expostas no Ciep da Nova Holanda. Foto/Divulgação

Quatro alunos que participaram do curso “Olhares Negros”, promovido pela “Luta Pela Paz” na Navezinha Carioca Maré, foram monitores do projeto “Retratos que vêm de dentro” e auxiliaram alunos do Ciep a tirarem fotos para a exposição.
“Estou orgulhoso. Levei para o meu território parte do que aprendi fora dele. Fiz vários cursos de audiovisual e ter ajudado a garotada do meu território tem uma importância… O Ciep Hélio Smidt é onde eu voto’’, diz o morador do Parque União, que adora registrar cenas do cotidiano e já expôs um de seus trabalhos no Museu
de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá. 

Fonte: Ana Paula Araripe 

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