A inclusão de pessoas com deficiência ainda é um desafio no país e a ação, além de preparar os profissionais, também impulsiona o mercado a valorizar suas potencialidades com respeito e compromisso de mudança
Um dos grandes desafios da sociedade atual é ampliar o acesso de pessoas com deficiência a vagas de trabalho em cargos de gestão. Hoje, apenas 5% ocupam esse tipo de posição em organizações de grande porte no Brasil, de acordo com um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA)[i]. Com o objetivo de contribuir para que esses profissionais possam acessar vagas mais qualificadas no mercado de trabalho, o Einstein lança o Programa de Capacitação em Ferramentas de Gestão para pessoas com deficiência, um curso robusto, com uma grade curricular que busca ampliar a percepção de mercado e conhecimento na área de saúde e desenvolver habilidades de liderança e gestão.
Além disso, o programa também vai apresentar, na prática, a operacionalização do Einstein e estimular a interação com profissionais da organização, ampliando oportunidades de crescimento e networking. As inscrições, que são gratuitas, já estão abertas (clique aqui). O início das aulas está previsto para 05 de setembro de 2023 e a duração é de seis meses.
“O Einstein é uma organização cidadã e temos na nossa missão – além de oferecer excelência na assistência à saúde e gerar e compartilhar conhecimento – a responsabilidade social, impactando positivamente a sociedade. A criação desse programa vem ao encontro desse compromisso, pois permitirá que esses profissionais se preparem para ocupar, cada vez mais, cargos de liderança e gestão, sempre visando equidade de condições para que todos busquem as melhores oportunidades no mercado de trabalho”, explica Miriam Branco, diretora-executiva de Recursos Humanos do Einstein.
Além da falta de oportunidades, também há desafios ligados à capacitação. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2019, a fração de pessoas com deficiência matriculadas no ensino superior não chega a 1%. Um outro estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e que faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde, mostra que apenas 5% terminam a faculdade. Por isso, para montar a grade curricular de maneira a atender de forma efetiva às necessidades dos profissionais com deficiência, o Einstein realizou um trabalho conjunto entre o time de diversidade, equidade e inclusão, o RH, área de Ensino e seus próprios colaboradores com deficiência.
“Hoje, temos inúmeros profissionais com deficiência atuando em diferentes níveis, incluindo cargos de gestão. Uma parte participou de forma efetiva na criação de um programa realmente estruturado, com conteúdo e metodologia capaz de agregar genuinamente à formação profissional, atendendo a necessidades reais”, afirma Alexandre Holthausen, diretor-superintendente de Ensino e Consultoria do Einstein.
De acordo com o executivo, foram considerados ainda o uso de softwares para leitura de telas, adaptações em libras e serão disponibilizados monitores para auxiliar as pessoas de perto, caso necessário. Também estão previstas adaptações de recursos e metodologias de acordo com as necessidades de cada aluno. “A inclusão de pessoas com deficiência ainda é um desafio e ações que estimulem o mercado a olhar com respeito e compromisso de mudança são fundamentais”, diz.
A expectativa é que 20 pessoas participem da primeira turma e que, ao longo do ano, com a expansão do projeto, outras turmas sejam formadas. Confira abaixo a grade completa:
Módulo 1 – Aula Magna e Integração
Módulo 2 – Assessment e Mentoria Coletiva
Módulo 3 – Panorama do Mercado de Saúde no Brasil
Módulo 4 – Princípios de Liderança e Desafios
Módulo 5 – Papéis e Habilidades do Gestor
Módulo 6 – Gestão Estratégica em Saúde
Módulo 7 – Gestão Financeira em Saúde
Módulo 8 – Transformação Digital em Saúde
Módulo 9 – Excelência Operacional
Módulo 10 – Einstein 360º
Fonte: Priscilla Oliveira/AScom/Maquinacohnwolfe