A economia criativa é um dos setores mais promissores e dinâmicos do século 21, ao mesmo tempo em que a arte se consolida como uma ferramenta de impacto social. No Brasil, essas duas forças se encontram e se fortalecem, impulsionando o desenvolvimento econômico e transformando realidades por meio do talento e da engenhosidade de milhões de brasileiros.
A economia criativa é responsável por 3,11% do PIB nacional e, somente no ano passado, empregou cerca de 7,5 milhões de pessoas, segundo levantamento do Itaú Cultural. Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que, até 2030, o número de profissionais envolvidos na criação de conteúdo digital, streamings, música, cinema e entre outros, alcance a marca de 8,4 milhões.
Esses números evidenciam o potencial da economia criativa para o desenvolvimento do país. Para que esse setor continue a expandir de forma sustentável e beneficiar um número cada vez maior de pessoas, é fundamental que cada manifestação cultural seja apoiada não só por políticas públicas eficientes, como também pelo próprio ecossistema dos profissionais inseridos nesse mercado.
A valorização da arte e da cultura como motores de transformação social está intrinsecamente ligada à construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Em um país marcado por profundas desigualdades, são elas que dão voz a diferentes perspectivas, estimulam o diálogo, ampliam horizontes e propagam empatia e compreensão entre as pessoas. Além disso, a produção artística é um importante mecanismo de empoderamento e expressão para comunidades marginalizadas, a exemplo das periferias urbanas.
Outros impactos positivos da arte envolvem a educação, o turismo, a saúde mental e o desenvolvimento sustentável das cidades. Afinal, são infinitas as obras com o poder de estimular a criatividade e o protagonismo da população, ao mesmo tempo que estimulam a preservação de patrimônios históricos e derrubam sensações de estresse e solidão. A música, a literatura, o teatro e as artes visuais têm o poder de acolher, inspirar e promover o bem-estar emocional de uma sociedade inteira.
Reconhecer o potencial da arte, já sabemos!
Mas onde os artistas entram em ação para facilitar as oportunidades dos colegas de vocação?
De um artista para o outro, há uma dica valiosa: compartilhar conhecimentos e experiências! Simples bate-papos nas redes sociais e a presença em feiras culturais são excelentes momentos para que os aspirantes à arte façam conexões valiosas com pessoas que vêm passando pelas mesmas fases nessa área. Além disso, mentorias, palestras e encontros são sempre bem-vindos para preparar a próxima geração para novos desafios.
Ao reconhecer o valor da arte e da economia criativa, não estamos apenas impulsionando um setor econômico: estamos investindo no potencial humano de construir pontes entre diferentes realidades. Isso significa continuar enriquecendo o legado cultural do nosso país.
* Wagner César, também conhecido como Wag, é escritor, mercadólogo e ativista que une a paixão pela literatura ao propósito de transformar vidas por meio do marketing social. Com formação e MBA em Marketing e Vendas, o autor é pós-graduado em Escrita Criativa, Roteiro e Multiplataformas, com uma trajetória de 12 anos dedicados à escrita e, paralelamente, de seis anos voltados à promoção de causas humanitárias.
Fonte: Aline Arbache