O Detran.RJ começou a emitir novamente, nesta segunda-feira (4/4), carteiras de identidade para recém-nascidos. A Maternidade Maria Amélia, no Centro do Rio, foi a escolhida para o pontapé inicial na retomada deste importante serviço, numa parceria com o município do Rio. O objetivo é ajudar a erradicar o subregistro civil de nascimentos no estado, conforme determina a Lei estadual 7.088/2015.
“A partir de hoje estamos retomando, gradativamente, este serviço tão importante do Detran.RJ nas maternidades, paralisado por conta da pandemia. Primeiramente atenderemos as maternidades onde já funcionavam os postos e, mais adiante, haverá um projeto de expansão”, disse o presidente do Detran.RJ, Adolfo Konder. O diretor de Identificação Civil do Detran.RJ, Pedro Paulo Thompson, também destacou a iniciativa: “É muito gratificante poder retomar o serviço, pois a identidade é garantia de cidadania e segurança. O RG é a principal identificação dos brasileiros, necessário para a emissão de quase todos os outros documentos”.
A primeira bebê contemplada na ação de hoje foi a pequena e charmosa Giovanna Borges, que nasceu no último dia 30 de março, na Maria Amélia. Giovanna, que nasceu com 48cm de altura e 3,1kg, é a primeira filha da tosadora Lauane Borges e de Dário Francisco Ferreira Neto, vendedor, ambos com 38 anos de identidade e moradores do bairro de Fátima.
“Minha filha já vai estar identificada oficialmente e de uma forma muito prática. Desde pequena, a Giovanna já estará resguardada e protegida para uma necessidade de reconhecimento, por exemplo”, comentou o pai da menina Giovanna, que teve as digitais e fotografia do rosto coletadas na própria maternidade chamando a atenção de todos que passavam.
O posto avançado do Detran.RJ na Maternidade Maria Amélia funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O cartório para emissão da certidão de nascimento funciona na mesma sala, em parceria, já que é necessário este documento para a solicitação da identidade. Em fevereiro último, foram realizados 345 partos na maternidade, segundo a subsecretária de Atenção Hospitalar, Urgências e Emergências da Secretaria Municipal de Saúde, Teresa Navarro. “É uma parceria incrível. A criança já sai com registro pronto. Vai ajudar muito os pais, pois nem todos têm facilidade para ir ao cartório”, destacou Teresa.
É o caso de Letícia Monteiro Rabelo, de 35 anos, que trabalha em casa, e José Ribamar de Lima, 42 anos, encarregado, pais da menina Radassa Letícia, que nasceu no último dia 25/3, também na Maternidade Maria Amélia. Moradores do Parque União, eles estavam aguardando o momento de fazer a carteira da quinta filha. “Identidade é tudo. Vai facilitar a vida de todo mundo. Agora, não terei que ficar levando documentos de um lado para o outro. É uma iniciativa maravilhosa e muito importante”, disse a mãe coruja.
A Maternidade Maria Amélia, que realiza cerca de 13 partos por dia, completará uma década de existência no próximo mês de maio. A unidade foi construída em um terreno contíguo do Hospital Municipal Souza Aguiar e possui 117 leitos. “Nos sentimos responsáveis por todos os bebês que nascem aqui. Esses documentos garantem o direito à cidadania e também à segurança da criança em diversas situações, como a identificação em caso de desaparecimento, por meio do registro da digital que fica cadastrada no banco de dados do Detran”, explicou a diretora do hospital, a médica Ana Murai.