Sensível e com muita identidade, ‘De lá para cá’ traz canções baseadas nas histórias de vida do casal
“O público pode esperar muita entrega no ‘De lá para cá’. É um projeto feito com sensibilidade, identidade, verdade e essência, por isso foi tão difícil cantar suas faixas musicais de olhos abertos e ver as reações das pessoas diante de tanta dedicação”, é o que diz o jovem cantor Maurício Ribeiro, 27, sobre o inédito EP que será lançada a primeira faixa “Pequeno Grão”, na próxima sexta-feira (10), com a Giu Melito, 26. O casal, que de talento tem de sobra, traz ao público a Música Popular Brasileira cheia de nuances e sutilezas.
Mas o que ‘Mau’ e ‘Giu’, como são conhecidos, têm em comum? O amor pela música e a parceria recíproca na jornada chamada vida. Ele, vindo de Volta Redonda, no interior do estado do Rio de Janeiro. Ela, de Vila Andrade, no estado de São Paulo. Ambos cheios de sonhos e com muita paixão pelo ofício: ser artista. No projeto “Lua em Peixes”, que originou este primeiro EP, as canções do lançamento ‘Pequeno Grão’; composta e cantada por Mau, e ‘A gente corre’; composta e cantada por Giu, retratam essa intimidade.
Um dos maiores anseios do Mau é que haja, através do álbum, uma identificação do público. “Prezamos muito por nossas identidades enquanto indivíduos inseridos. Respeito muito a história da Giu e como ela leva a vida, bem como ela respeita a mim e a minha trajetória. E as pessoas sentirão isso ao acompanhar este projeto. Que elas se identifiquem conosco individualmente e não somente com o Mau e a Giu enquanto um casal. Estamos aqui para mostrar nossas potências juntas, mas também nossas particularidades”, afirma. Já a Giu espera que este álbum seja o início de novas possibilidades. “Espero que esse EP alcance o mundo. Que as pessoas possam conhecer nossos trabalhos finalmente e que isso abra muitas portas para mim e o Mau como um casal e para nós diante das nossas carreiras pessoais. Que finalmente possamos ser vistos e ouvidos pela nossa arte, pelo o que colocamos no mundo. Estamos fazendo esse EP com muito amor e são três anos de trajetória, criando músicas e vivendo cada momento delas. Visualizo muito a gente cantando e tocando num show lotado de pessoas desfrutando das nossas músicas”, revelou.
Com bagagens não só na música, mas nas artes cênicas, no teatro e em outras vertentes, embora os artistas sejam muito diferentes a proximidade com a música e a sintonia no amor oferecem ao público músicas com interpretações inovadoras. Influenciados por cantores clássicos, de Elis Regina a Duda Beat, de Caetano Veloso a Silva, eles passeiam com louvor, ritmo e muita técnica pelo mercado sonoro. Abrindo caminhos, portas e oportunidades, ‘Pequeno Grão’ conta a história de Mau e suas experiências até chegar ao seu momento atual. Afinal, se viver de música não é missão fácil no Brasil, imagina sendo um homem negro em uma sociedade desafiadora. Prestes a estrearem, Mau está entusiasmado com o projeto que foi idealizado durante o tempo de inquietude frente ao cenário pandêmico. “As minhas expectativas são muito grandes. Não é um trabalho cru, feito por artistas crus. Eu e Giu já temos nossas vivências, então não estamos sendo lançados como quem está chegando agora, viemos de nossas carreiras e com certas experiências. Esse trabalho vem de muita persistência. Queremos que o público reconheça, através desse projeto, nossas lutas como artistas independentes. Tentamos jogar para a gravação desse EP toda nossa sensibilidade, ainda mais pelo fato de ser um trabalho com muita verdade. É o nosso íntimo entregue. Óbvio que queremos estourar e alcançar renda através do nosso trabalho, mas o mais importante é transmitir nossa essência ao público, que é quem rege todo esse elo”, pontua.
E completou dizendo: “Sempre quis muito ser valorizado como artista brasileiro, e não somente como um cantor que repercutiu com um hit. Prezo muito pela nossa arte e música brasileiras, e almejo ser reconhecido através do meu canto, ritmo, da minha melodia e poesia. O público pode esperar muito do nosso íntimo, no melhor sentido da palavra, podendo captar coisas que toquem o Mau, a Giu e que esperemos que toquem as pessoas. Muitas vezes me pego cantando essas músicas, me emocionando e sem medo de me emocionar. E as pessoas também podem esperar muita emoção”, conclui.