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Martine Grael na Ilha da Pombeba, na Baía de Guanabara, em ação de coleta de lixo da Impact League, do SailGP, realizada em parceria com o Nas Marés - (Foto/Divulgação: AT Films)
Fruto da parceria entre o Mubadala Brazil SailGP Team com a organização socioambiental Nas Marés, ação faz parte da Impact League do SailGP
O compromisso do Mubadala Brazil SailGP Team com a sustentabilidade ganhou ainda mais força com a bem-sucedida ação de limpeza na Baía de Guanabara, realizada em parceria com a organização socioambiental Nas Marés. O mutirão, que aconteceu ao longo do dia 17 de fevereiro na Ilha da Pombeba, tinha como meta a retirada de duas toneladas de resíduos plásticos. A iniciativa contou com a presença de Martine Grael e Marco Grael, integrantes da primeira equipe brasileira a participar do Rolex SailGP Championship, e de Mariana Britto, Diretora de Marketing e Impacto do time.
Mesmo sob um sol intenso no Rio de Janeiro, cerca de 50 pessoas se uniram para ajudar a restaurar o ecossistema local e, sem desanimar diante das altas temperaturas, o engajamento dos participantes fez com que o total recolhido dobrasse, chegando a impressionantes quatro toneladas – sem a ajuda de máquinas.”Sem dúvida uma das coisas que preocupam bastante a gente é a questão ambiental. Acredito que o Rio de Janeiro sempre pode fazer melhor, e foi esse também o motivo da gente ter escolhido essa ação para acontecer aqui no Rio“, explica Martine, a primeira capitã mulher na história do campeonato internacional. A iniciativa faz parte da Impact League – ou Liga de Impacto, em português – do SailGP, uma competição paralela às regatas tradicionais, que avalia e premia equipes por suas ações sustentáveis dentro e fora d’água.
O time brasileiro, que já se destacava na competição por seu comprometimento com práticas ambientais, tem o Nas Marés como Purpose Partner nesta empreitada. E mostrando que a relação de amor e compromisso com o mar vem de família, Martine e Marco tiveram ainda a companhia da mãe, a também velejadora Andrea Grael, para colocar a mão na massa durante a ação.
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“A questão do descarte inadequado de lixo está muito ligada à educação. As pessoas simplesmente não sabem – e muitas vezes não se importam – de pra onde vai esse lixo. Além disso, o crescimento rápido e constante da cidade do Rio de Janeiro não permite que haja um planejamento de escoamento de esgoto adequado, que dê conta de tanta demanda. Tudo acaba sendo despejado para longe das vistas de alguns, mas muito próximos das de outros, como podemos ver aqui“, diz Marco Grael.
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“A minha intenção hoje era trazer também a minha filha, pra que ela pudesse acompanhar a ação e começar a entender desde cedo esse processo“, completa o atleta, afirmando que a ideia não se concretizou por conta do calor extremo e das condições atuais da Ilha da Pombeba, que concentra itens como pneus, sacolas e outros artigos plásticos, restos de roupas e sapatos e até ossadas de animais.
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A ação de limpeza da Baía de Guanabara – que além dos atletas, contou com a presença de voluntários e pescadores contratados, diretamente impactados pela poluição da Baía de Guanabara – reforça o compromisso da equipe do Mubadala Brazil SailGP Team em transformar a vela em uma plataforma para a conscientização socioambiental, educação e mudança, e outras ações de sustentabilidade e impacto social em parceria com o Nas Marés estão previstas para acontecer ao longo da temporada 2025 do Rolex SailGP Championship.
“A primeira ação em parceria com o Mubadala Brazil SailGP Team foi muito especial e buscou transformar a realidade da Ilha da Pombeba, que representa uma pequena amostra do que a Baía de Guanabara vive hoje. Apesar da complexidade logística envolvida, por se tratar de uma ilha, conseguimos realizar a recuperação de mais de 4 toneladas de resíduos. A operação contou com o apoio de cerca de 50 pessoas, entre atletas, voluntários, pesquisadores do laboratório BIOTEMA, da UERJ – que coletaram material para pesquisas relacionadas a microplástico -, e um grupo de 30 colaboradores, que são pescadores da Colônia de Pescadores Z10, localizada na Ilha do Governador, e que atualmente não conseguem exercer seu ofício plenamente por conta da degradação das águas. Dessa forma geramos um impacto não só ambiental, contribuindo para a recuperação dos ecossistemas marinhos locais, mas também socioeconômico muito relevante, criando novas oportunidades. Tenho certeza que essa parceria tem muito a oferecer de positivo para a Baía de Guanabara, para suas comunidades e para o planeta“, diz Juliana Poncioni, CEO da Nas Marés.
Além disso, a equipe brasileira segue engajada em práticas sustentáveis, tanto dentro da Impact League quanto em suas operações diárias. Alinhado às diretrizes do SailGP, o Mubadala Brazil SailGP Team adota medidas como a redução do uso de plásticos, consumo consciente de energia e logística mais eficiente para minimizar impactos ambientais. Mais do que velejar para vencer, a ideia é de que a modalidade esportiva navegue rumo a um futuro mais sustentável.
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As próximas etapas do SailGP acontecem nos Estados Unidos, nas cidades de Los Angeles e São Francisco – nos fins de semana dos dias 15 e 16 e 22 e 23 de março, respectivamente -, e depois no Rio de Janeiro, nos dias 3 e 4 de maio. Segundo a driver Martine Grael, a expectativa é grande. “Para mim a Baía de Guanabara sempre foi um lugar especial, é muito gostoso velejar aqui. É cênico, bonito, e também difícil, por causa das montanhas, as correntes são fortes. Enfim, tudo traz um atrativo para o velejador, porque foge da mesmice. É tudo um pouco inesperado e quem veleja adora isso porque adora ser desafiado“, afirma.
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Os ingressos para o Enel Rio Sail Grand Prix podem ser adquiridos por meio da plataforma Eventim, com preços que variam de R$313 a R$940 – e que incluem também opções de pacotes promocionais. O link de compra e informações complementares sobre os tipos de ingressos podem ser encontrados no site oficial do evento: Link.
Sobre o Mubadala Brazil SailGP Team
O Mubadala Brazil SailGP Team representa o Brasil na elite global da vela como a primeira equipe brasileira a competir no SailGP. Liderada por Martine Grael, a primeira mulher capitã da competição, a equipe conta com Andy Maloney como Flight Controller e Leigh McMillan como Wing Trimmer. Paul Goodison atua como estrategista, enquanto Marco Grael e Mateus Isaac são os Grinders. Kahena Kunze compõe o time como reserva. O time brasileiro tem como patrocinadores Mubadala (Naming Rights), Banco BRB (Global Partner), OceanPact, Oakberry e Ambipar (Official Partners).
Mais informações: Instagram
Sobre o Nas Marés
A Nas Marés é um ecossistema dedicado à conservação do oceano, que se inspira na natureza e seus ciclos para desenvolver soluções criativas e inovadoras pela sustentabilidade. Através de abordagem sistêmica de impacto, metodologias educacionais e ações experienciais, a organização busca encantar e aproximar as pessoas do oceano, fazendo emergir sensibilização e conhecimento para transformar indivíduos e organizações. A Nas Marés destaca-se ao promover uma nova visão de mundo que propicia o desenvolvimento de um sistema econômico e produtivo regenerativo, fundamental para a manutenção da vida humana no planeta Terra.
Mais informações: Site
Fonte: Rebecca Mendes Nery