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A secretária de Meio Ambiente e Clima da cidade do Rio, Tainá de Paula. Foto/Divulgação/Facebook

O projeto Coco no Ponto, gerido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima da cidade do Rio de Janeiro (SMAC), leva sustentabilidade e renda para diversos profissionais que fazem da coleta seletiva o seu sustento. Realizado em parceria com a Orla Rio e a Comlurb, o Coco no Ponto visa transformar cocos verdes descartados em produtos sustentáveis.

Segundo a secretária de Meio Ambiente e Clima da cidade do Rio, Tainá de Paula, a expectativa do projeto é arrecadar mais de R$23 milhões com a venda dos subprodutos, além de promover a capacitação de agentes ambientais.

“O projeto Coco no Ponto, que irá transformar esse resíduo famoso aqui das praias do Rio de Janeiro em um grande ativo ambiental, gera emprego e renda para várias mulheres em situação de vulnerabilidade social e aumenta a nossa capacidade de reciclagem”, afirma Tainá.

Foto/Divulgação/Facebook

O projeto, que começou na orla do Leme, zona Sul do Rio, vai se estender por toda orla carioca, e funciona em sinergia com os ecossistemas que recebem os cocos, com coleta feita por cooperativas e catadores. Na Fábrica Verde – projeto piloto que tem como objetivos promover educação ambiental, fortalecer cadeias produtivas de reciclagem, ampliar oportunidades de formação e empreendedorismo para moradores de áreas vulneráveis – onde os resíduos do coco eram triados e beneficiados , transformando-se em fibra, biofertilizante e biomassa e carvão vegetal. Reduzindo significativamente o descarte de resíduos  em aterros, gerando renda, inclusão social e sustentabilidade.

Um dos grandes diferenciais do projeto é o protagonismo feminino. As mulheres envolvidas no processo foram treinadas pela SMAC para atuarem como agentes socioambientais e operadoras da logística. Assim, além da inclusão produtiva e fortalecimento econômico  , esse projeto contribui diretamente para o empoderamento e a redução das desigualdades sociais.

Outro dado central diz respeito aos impactos ambientais positivos associados à ampliação desse modelo de gestão de resíduos. Estudos recentes indicam que, com a sua expansão em maior escala, será possível evitar a emissão de mais de 4,5 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano. Essa redução decorre, principalmente, da diminuição do envio de resíduos a aterros sanitários, da mitigação da emissão de gases de efeito estufa oriundos da decomposição inadequada e do reaproveitamento produtivo de materiais que, de outra forma, seriam descartados. Trata-se, portanto, de um modelo que articula eficiência ambiental, responsabilidade climática e racionalização do uso de recursos, reforçando seu papel estratégico no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção de práticas sustentáveis de gestão urbana.

“Essa é mais uma iniciativa completa de reciclagem e inclusão, transformando o que seria lixo do coco em recurso, com forte impacto socioambiental positivo para a cidade do Rio de Janeiro. Mais uma vez, estamos mostrando nosso protagonismo quando o assunto é mitigar os efeitos da crise climática”, finaliza Tainá de Paula.

Ao longo do ano, o projeto avançou de maneira significativa, ampliando sua cobertura territorial, qualificando processos internos e estruturando fluxos logísticos capazes de integrar ecopontos, cooperativas parceiras e unidades de triagem e beneficiamento. Esse conjunto de ações consolidou o Coco no Ponto como uma política pública de referência na promoção da economia circular, na geração de renda e na redução do impacto ambiental provocado pelo descarte inadequado de resíduos orgânicos de grande volume. De junho a dezembro deste ano, o Coco no Ponto foi responsável pela destinação correta de  mais 30 toneladas de coco verde, que em números reais chega a aproximadamente 28,5 toneladas de insumos beneficiados que retornam para  sociedade como renda para as catadoras e catadores  e benefício ambiental para a cidade.

Para o próximo ano já está em fase de planejamento da expansão das rotas de coleta de cascas, com inclusão de novos pontos estratégicos na Zona Sul, Barra da Tijuca e Lagoa Rodrigo de Freitas, ampliando o alcance do programa.

Fonte: Laryssa Samapio 

 

 

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