A abertura da exposição “A contribuição da família Alberto Torres para a construção de uma identidade nacional” coroou uma programação repleta de atividades, que celebraram os 212 anos do sobrado histórico em que funciona a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, no Centro, e os 127 anos do nascimento de Heloísa Alberto Torres. A mostra fica em cartaz até o dia 8 de outubro e está aberta para toda a população.
Abrindo a programação de atividades, na parte da tarde, foi realizada a roda de conversa com o tema “Heloísa Alberto Torres e seu legado para as ciências sociais brasileiras”, com a participação dos antropólogos Marco Antonio da Silva Mello (UFRJ, Le Metro/INCT-Ineac UFF), Felipe Berocan (Le Metro/INCT-Ineac UFF) e Soraya Silveira Simões (LeMetro/IFCS-UFRJ). Durante a atividade, os pesquisadores debateram sobre a história de Heloísa Alberto Torres e sua importância para a cultura nacional e o seu papel no debate social.
“É importante ressaltar a importância de Heloísa Alberto Torres para o debate sociocultural em todo o país, principalmente em Itaboraí. Um de seus principais marcos históricos foi quando assumiu a direção do Museu Nacional sendo a primeira mulher a alcançar tal feito. Mesmo com poucas obras de sua autoria, é uma das referências do estudo das ciências sociais”, disse o antropólogo Marco Antônio Mello.
Em seguida, foi realizada a apresentação teatral chamada de “Heloísa, Maria e os Alberto Torres”, com texto e direção de Gabriel Matos, professor de teatro da Casa de Cultura, e participação de Lu Martins e Sthéfani da Rosa. A esquete teatral reviveu momentos da vida de Heloísa, Marieta e Alberto Torres.
Finalizando a programação de atividades, foi aberta a exposição “A contribuição da família Alberto Torres para a construção de uma identidade nacional”, sobre Heloísa, sua irmã Marieta Alberto Torres, bem como de seu pai, o jurista e político itaboraiense Alberto Torres. A nova exposição traz banners que contam a história desses três personagens, além de reunir, no salão principal da Casa, vários objetos que fazem parte do acervo museológico, documental e bibliográfico da instituição.
O gestor da Casa e subsecretário municipal de Cultura, Alan Mota, valorizou a importância da Casa de Cultura para os fazedores de cultura do município de Itaboraí.
“Gerir a Casa de Cultura é uma honra pra mim. Além de possuir um acervo patrimonial, o espaço conta com diversas atividades que buscam expandir a cultura de nossa cidade e valorizar os fazedores de cultura do nosso município. Ao longo do ano, são realizadas várias exposições, além de cursos gratuitos e outras atividades”, disse o gestor.
Sobre Heloísa
Heloísa Alberto Torres que, junto com sua irmã Marieta, legou ao povo de Itaboraí a Casa de Cultura e todo o seu acervo, nasceu em 17 de setembro de 1895. Seu trabalho sobre as origens e a permanência da cerâmica marajoara, feito entre as décadas de 1920 e 1940, é ainda referência no campo de estudo antropológico.
A Casa
A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres está sob gestão do município de Itaboraí desde 1990. Além do sobrado histórico, construído há 211 anos, adquirido em 1963, reformado e doado ao IPHAN pela antropóloga Heloísa Alberto Torres, a Casa contém importante acervo museológico, documental e bibliográfico.
A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres está localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, 303, Centro Histórico de Itaboraí.