Simuladores de arco e flecha, surfe e skate estão entre as atrações do estande da UERJ no maior evento de tecnologia e inovação da América Latina, que acontece até sexta (16/08) no Píer Mauá
Atração no Rio Innovation Week 2024 até esta sexta-feira (16/08), o estande do eMuseu do Esporte recebeu a visita de dois atletas paralímpicos, que participaram e aprovaram a experiência imersiva oferecida pelo projeto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Praticantes da modalidade tiro com arco, Claudia Alessandra e Fabio Ricas deixaram seus equipamentos de lado e se divertiram no simulador de arco e flecha, durante o maior evento de tecnologia e inovação da América Latina, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro.
“O projeto do eMuseu do Esporte conecta o virtual e o físico. Foi uma experiência única e divertida. Paralelamente, a iniciativa mostra que a ciência e a robótica estão cada vez mais próximas da nossa realidade”, comemorou Claudia, medalhista de campeonato brasileiro indoor na modalidade.
Paratleta de tiro com arco desde 2020, Fabio fez coro e ressaltou a importância de projetos como esse para promover acessibilidade conectando o mundo virtual e o real.
“O arco com arco virtual é muito parecido com o tiro com arco. A diferença é o peso, que é bem mais leve do que o equipamento convencional, com seus cerca de três quilos”, brincou Fábio, acrescentando que a modalidade virtual é muito mais fácil de ser praticada.
Além de arco e flecha, os participantes do Rio Innovation Week podem surfar e andar de skate em ambientes virtuais, com imersão em cenários especialmente criados para as modalidades. Os simuladores fazem parte do acervo do eMuseu do Esporte, projeto que nasceu de uma incubadora da universidade após os Jogos Olímpicos Rio 2016, com o objetivo de proporcionar um hub virtual que engajasse atletas, entidades esportivas, museus e torcedores em torno da preservação da memória esportiva brasileira, combinando tecnologias digitais em um formato inédito e colaborativo. Hoje o eMuseu patrocina o Stand para que novos projetos da UERJ possam participar também.
O projeto é totalmente acessível às pessoas com deficiência por meio de audiodescrição do acervo disponibilizado também em Braile e Libras. Todo o seu conteúdo pode ser acessado em www.emuseudoesporte.com.br, que já registra o alcance de cerca de 200 mil pessoas na rede mundial de internet.
Para a professora Bianca Gama Pena, idealizadora do eMuseu do Esporte, projeto de extensão da UERJ, é de grande importância o papel da Universidade no fomento do empreendedorismo em diversas áreas do conhecimento. Ela destaca o protagonismo da UERJ nas multi-formas de cooperação para a geração de inovação.
“A UERJ apresenta propostas para a discussão em torno das estratégias usadas por cada projeto em suas inovações. A forma colaborativa, os meios de proteção, os desafios e oportunidades para o ecossistema. O grande desafio no atual cenário é a colaboração entre entidades de forma que cada uma possa contribuir com suas respectivas expertises, recursos e oportunidades. Para isso, o ambiente acadêmico
é fértil e o grande interlocutor dos agentes desse ecossistema para fomento da inovação”, explica a professora do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte (PPCEE) da UERJ, além de coordenadora do Laboratório de Tecnologia Social e Inovação LATESI) e empreendedora.
Bianca ressalta, ainda, que o eMuseu do Esporte encontrou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) um apoio fundamental para sua realização: foi abrigado em 2020 pela Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Sociais e Cooperativas Sociais. Hoje, como professora do IME e do Programa de Pós Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte, ela trabalha o eMuseu como um projeto de extensão da Universidade concedendo bolsas de estudos para seus alunos.
Com a versão virtual em diversos idiomas e uma carreta itinerante com rampas de acesso, simuladores, visitas guiadas e cartilhas com a linguagem adequada a públicos diversos, o eMuseu reúne um acervo de mais de 50 ambientes virtuais diferentes e inicia parcerias internacionais com algumas entidades esportivas. Parte do acervo é levada a várias cidades brasileiras pela carreta que já rodou três estados do Brasil, alcançando mais de 100 mil atendimentos e, nas próximas semanas segue para visitar as cidades de São Bernardo do Campo e Santos, em São Paulo.
Referência em Propriedade Intelectual reconhecido pelo INPI, como um case de aplicabilidade da PI no esporte, o projeto foi destacado como modelo de sua aplicação no âmbito esportivo virtual e físico e de exemplo para outras áreas. Com isso, Bianca Gama passou a ser reconhecida como especialista em Propriedade Intelectual na área esportiva pelas iniciativas exitosas de PI do eMuseu do Esporte, razão pela qual foi nomeada para o hall da “Galeria de Agentes de Mudança do Dia Mundial da Propriedade Intelectual” da World Intellectual Property Organization (WIPO).
Fonte: Dani Moreira