Programa “Jovem Repórter da Flip” permite que estudantes sejam mediadores de rodas de conversas com autores
Já imaginou participar da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty, mediar rodas de conversas com autores renomados, filmar e fotografar as atrações, e acompanhar a história sendo escrita em um dos maiores eventos culturais do Brasil? Foi assim que os estudantes da rede estadual de ensino mergulharam no universo da leitura, na Flip 2023, realizada de 22 a 26 de novembro, em Paraty, na Região da Costa Verde do Rio.
A participação dos alunos faz parte do programa “Jovem Repórter da Flip”, que dá voz e reforça vínculos identitários, mesclando literatura, jornalismo e novas mídias, com foco em Educação Midiática. Com uma vasta programação, acolhendo autores brasileiros e estrangeiros, a festa literária possibilitou que os alunos criassem pontes entre linguagens e conhecimentos. Um exemplo disso é Sophia dos Santos, de 17 anos, estudante do Colégio Estadual Mário Moura do Brasil do Amaral (Cembra), no centro de Paraty, que mediou a roda de conversa “Reexaminar passados, imaginar futuros”, com os escritores Esteban Rodrigues e Ale Santos, no auditório Santa Rita.
– Sou amante da leitura. É incrível estar aqui pelo segundo ano consecutivo pertinho de autores que admiro. Somente este ano, já li 32 livros. E olha que ainda nem acabou. Se você me perguntar qual é o meu escritor favorito, acho que não saberia te responder – contou a jovem que, no ano passado, estreou mediando a mesa extra entre o escritor e ator Lázaro Ramos e jovens poetas negras.
Fotos/Divulgação: Sandra Barros/ Seeduc-RJ
Outro momento para lá de especial foi quando Cíntia Barreto, professora de Língua Portuguesa do Colégio Estadual André Maurois, no Leblon, participou da mesa “Mais velhos e mais novos”, ao lado do autor Sidnei Nogueira. Na ocasião, ela contou um pouco sobre o seu livro, “Fala, menina”.
– É uma honra estar aqui. A literatura é muito importante, ela faz com que a gente se sensibilize. Com ela, a gente se torna mais amável, e faz com que os jovens se desconstruam. Faço questão de passar para os meus alunos a importância da leitura ao longo da vida – disse a professora, que atua há 22 anos na rede estadual.
Fotos/Divulgação: Sandra Barros/ Seeduc-RJ
Celebração à cultura literária
Os estudantes do Ciep 999 Dom Pedro de Alcântara Bragança I Imperador do Brasil, localizado, na Zona Rural de Paraty, não escondiam a emoção de visitarem a feira pela primeira vez.
– Mesmo morando perto, muitos de nós nunca tínhamos tido a possibilidade de estar aqui. Graças à escola, viemos conhecer esta importante festa literária – comemorou a aluna Débora Alvarenga.
Enilson Texeira, professor de Língua Portuguesa e Literatura, destacou a sensação de dever cumprido por trazer sua turma para participar das atividades da Flip.
– O que me motivou a trazer os alunos foi que eu estou escrevendo um livro, e eles ficaram muito interessados. E nada melhor que o ambiente da maior festa literária para que eles entendam como funciona e se apaixonem ainda mais por leitura – contou o professor.
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Débora Alvarenga, Fernanda Mendes, Miguel Oliveira e Sophia dos Santos possuem histórias distintas, mas o amor pela leitura os une, além, claro, da certeza de que a 21ª Festa Literária Internacional de Paraty ficará marcada para sempre em seus corações.