Os integrantes da Comissão de Servidores Públicos, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), querem se reunir com a secretária da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) e com a Procuradoria Geral do Estado do Rio (PGE) para solucionar a situação de 263 candidatos aprovados no concurso de 2012 da Seap que ainda aguardam convocação. A informação foi dada pela presidente do colegiado, deputada Martha Rocha (PDT), durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (07/03).
De acordo com Martha Rocha, a secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca, encaminhou um ofício ao governador para o chamamento de um concurso público com duas mil vagas, das quais 447 candidatos teriam possibilidade de serem convocados de imediato. A parlamentar questionou o porquê de os candidatos remanescentes do concurso de 2012 não terem sido convocados para integrar essas vagas.
“Depois de inúmeras reuniões e audiências públicas, nós conseguimos realizar um Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso público de 2012. No TAF, foram aprovados 263 candidatos. Estamos pedindo que, ao invés de a secretária realizar um novo concurso público, que esses 263 candidatos sejam chamados para os exames médico e psicotécnico, investigação social e o curso de formação. Por isso, vamos promover uma reunião com a secretária, com a presença da PGE, para que ela nos guie de forma clara e precisa sobre o que será feito”, explicou.
Em resposta, o chefe de gabinete da secretária, Rafael Do Val, informou que a Seap fez uma medida compensatória para poder convocar 300 candidatos dos concursos de 2003, 2006 e 2012. “Já demos cumprimento ao chamamento de candidatos de 2003, 2006 e ficou remanescente 137 vagas dos candidatos de 2012”, disse. Em setembro de 2023, a Seap realizou a convocação de um TAF para preencher essas vagas, mas os demais exames eliminatórios e o curso de formação só terão início em março deste ano.
Presente na reunião, o deputado Rodrigo Amorim (PTB) disse que é preciso que a Lei Estadual 9.650/22, de autoria do mesmo e de Martha Rocha, seja cumprida. A legislação extinguiu a chamada “cláusula de barreira”, um item presente nos editais de concursos públicos que limita o número de candidatos convocados nas etapas seguintes às provas objetivas. “O que a gente quer neste momento é que todo concursado possa cumprir as etapas do concurso público para estar apto, para que se um dia acontecer a convocação, ele esteja preparado”, comentou.
“Se hoje estamos falando dos concursos de 2003, 2006 e 2012 é porque se trata de uma luta histórica. Esses candidatos ainda serão submetidos a outros testes e isso significa que pode ser que as 447 vagas disponíveis talvez nem sejam preenchidas pelos 263 candidatos que ainda aguardam convocação”, acrescentou o deputado Luiz Paulo (PSD), vice-presidente da comissão.
Fonte: ALERJ