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Foto/Divulgação: Unale

O segundo dia da 27ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), realizada na quarta-feira (04/12), no Expo Mag, no Rio de Janeiro, trouxe para mesa de discussão o tema “A conexão entre a neurociência e a educação”. A pedagoga e parlamentar Tia Ju, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), debateu o tema com a psiquiatra e neurocientista Natália Mota e a pedagoga Ana Luiza Neiva Amaral, com a mediação do mestre e doutor em Psicossociologia André Luiz da Silva Fayão.

Para a psiquiatra Natália Mota, é necessário utilizar dados de neurociência, que foram produzidos no Brasil, em escolas brasileiras. Assim é possível encontrar soluções adequadas que promovam o acesso à educação de qualidade para crianças do nosso território nacional.

“Nós fizemos uma série de descobertas e hoje conseguimos medir de uma maneira mais precisa como o desenvolvimento das habilidades de comunicação está acontecendo na escola. Isso vem permitindo que a criança tenha mais estímulos adequados com o desenvolvimento dela”, explicou a psiquiatra.

Diante de um público atento, Tia Ju trouxe exemplos práticos relacionados ao uso excessivo de dispositivos móveis e seu efeito no neurodesenvolvimento, o papel do sono na aprendizagem e a importância da plasticidade cerebral na educação infantil.

Segundo a parlamentar, há a necessidade de políticas públicas que integrem os avanços da neurociência às práticas pedagógicas, promovendo um equilíbrio entre tecnologia, saúde emocional e desenvolvimento cognitivo. “Reforço aqui o meu compromisso de utilizar a minha atuação legislativa para fomentar iniciativas que usem a tecnologia a favor da educação e assim possam valorizar o bem-estar e o aprendizado das crianças, criando ambientes educacionais cada vez mais saudáveis”, afirmou.

Já a educadora Ana Luiza Neiva Amaral ressaltou que a pesquisa de neurociência vem avançando e esse conhecimento precisa estar na sala de aula. Acrescentou, ainda, a necessidade de incluir esse conhecimento no currículo de formação inicial de professores.

“Existe um grande desafio no Brasil, porque o que observamos é que a escolaridade vem aumentando, mas quando se analisam os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) o que se observa é que as pessoas passam pela escola, mas não são transformadas. Por outro lado, é necessário que esse conhecimento faça parte da formação de professores. Somente assim eles poderão mudar a prática pedagógica”, ressalta a educadora.

Para ela, a sociedade contemporânea requer novas abordagens de ensino e aprendizagem que possibilitem a formação de crianças e jovens preparados para lidar com as situações complexas e em constante transformação.

Fonte: Alerj

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