Priscilla Souza explica sobre aspectos emocionais em uma nova perspectiva, a efemeridade da saúde e a importância do acompanhamento com terapias
Em fevereiro deste ano, Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, ficou internada por mais de 5 meses após cheirar pimenta e passar mal, em Anápolis, próximo a Goiânia. No último mês, a vítima de um edema cerebral recebeu alta médica e deve continuar o tratamento em casa.
Mudanças drásticas na vida de uma pessoa no sentido de bem-estar e autonomia são situações muito complicadas. Num primeiro momento, a pessoa enfrenta como se fosse um processo de luto, como se tivesse perdido alguém, no entanto, foram perdidas habilidades e funções que abalam muito o ser humano. Em acidentes muito graves, há condições em que a vítima para de andar e até de se alimentar sozinha.
O ser humano tem dificuldade em lidar com mudança. Isso ocorre não só com a pessoa que foi acometida por um acidente, mas também com aqueles que estão em volta, pois é necessária uma adaptação na rotina de todos. Priscilla Souza, psicóloga comportamental, explicou sobre a importância do acompanhamento de um profissional para cuidar do emocional tanto de quem está incapacitado, quanto dos que estão ao seu redor.
“A pessoa passa a ser prioridade e vai precisar de cuidados que podem durar até 24 horas por dia e além do suporte, as pessoas que estão em volta tem que saber lidar com a mudança, isso é muito difícil, principalmente quando é um cônjuge, um pai ou uma mãe que sofre. Existe uma empatia muito grande pela pessoa que está doente ou em um estado diferente de vida.” Portanto, neste caso é fundamental que o processo de terapia seja momentaneamente ou definitivamente.
Priscilla comentou que é necessário lidar com os fatos como eles são e começar a enxergar, de alguma forma, o lado positivo da situação. Normalmente, em um primeiro impacto, as pessoas estão lidando com o luto. Depois desses processos, que são naturais, chega o momento de aceitação e visualização de coisas boas: muitas famílias se unem por conta do acontecimento ou pessoas que não se falavam mais voltam a conversar, por exemplo.
A psicóloga enfatizou que não adianta se desesperar com esses ocorridos, e sobretudo nunca desistir de viver, independente da situação. “A gente sempre pode ter alguma coisa de bom, sempre pode amar as pessoas, independente das limitações que elas possam apresentar”. Por isso, a importância de reconhecer os bons momentos e saber lidar com os que são ruins.
Serviço: https://www.instagram.com/priscillasouzapsicologa/?igshid=NTdlMDg3MTY%3D
Fonte: Laura ragazzo – Secom/ Megussi