Ao trocar as pesquisas em engenharia pelas aulas de química no Colégio Estadual Coelho Soares, em Niterói, onde seus filhos estudaram, Elza Coelho deu uma grande guinada na sua vida.
Nascida em Macaé, filha de professora e militar, Elza sempre sonhou em ser engenheira. Após se formar na Universidade Federal Fluminense, fez mestrado no Instituto Militar de Engenharia. E lá acabou conhecendo seu futuro marido, pesquisador da instituição.
Depois de temporada no interior de São Paulo e já separada do marido, Elza voltou para Niterói. Conseguiu uma bolsa de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como pesquisadora de Engenharia de Materiais no Instituto Nacional de Tecnologia, e acabou descobrindo a paixão por dar aulas.
– Não adianta saber muito e não conseguir transmitir sabedoria para o aluno. Quem quer ser professor precisa ser capaz também de se atualizar e reaprender. A empatia também é fundamental. Para mim, é uma oportunidade de formar pessoas melhores do que nós – diz.
Durante o período que fazia doutorado no IME, Elza foi aprovada em concurso realizado pela Secretaria de Estado de Educação.
Sem pensar duas vezes, abandonou o IME e ingressou no Curso de Licenciatura em Química na PUC-Rio, abandonando de vez a carreira de engenharia para se dedicar exclusivamente ao magistério.
– Reuni meus filhos e disse que seria professora em tempo integral, pois ser professora é minha maior felicidade e realização. Eles me apoiaram, mesmo achando meio doida esta decisão – lembra.
Em 2023, Elza completa 18 anos no Colégio Estadual Conselheiro Coelho Soares.
– Sou muito feliz e realizada. É uma alegria enorme. Tenho orgulho de tudo o que passei e, graças a Deus, sou muito feliz por toda a minha trajetória – conclui Elza.
Fonte: Assessoria de Comunicação / Secretaria de Estado de Educação