O ex-deputado e presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, foi preso depois de atirar e ferir policiais federais que cumpriam ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Nesta 2ª feira (24.out), o político será transferido para Bangu 8, no Rio de Janeiro. Cientistas políticos analisam a repercussão política do caso.
Desde janeiro de 2022, Jefferson cumpre prisão domiciliar e é investigado pelo STF, no âmbito do inquérito das mílicias digitais, por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para atacar a democracia. Ele descumpriu restrições ao publicar vídeos e também dar entrevistas. Em uma das publicações, ele xingou e ofendeu a ministra do STF, Carmen Lúcia.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a prisão e chamou o político de “bandido” em suas redes sociais. “Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, disse Bolsonaro. O mandatário agiu rápido, orientado pelos coordenadores da campanha que temem que o episódio afaste os indecisos e o eleitor moderado que o candidato à reeleição quer conquistar para virar o resultado de primeiro turno, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou essa fase da disputa. DP/SBT