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O câncer de ovário é considerado um dos tumores ginecológicos mais letais, sobretudo pela dificuldade de ser diagnosticado precocemente. No Maio Verde — mês dedicado à conscientização sobre a doença — especialistas alertam para a importância da informação, dos exames de imagem e dos avanços da medicina nuclear como aliados no combate a esse tipo de câncer, que atinge milhares de mulheres todos os anos.
A importância da data
O Maio Verde tem como objetivo ampliar a conscientização sobre o câncer de ovário, estimular o diagnóstico precoce e promover o acesso a tratamentos adequados. Estima-se que, no Brasil, mais de 6.600 novos casos sejam diagnosticados por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). No cenário mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 313 mil mulheres são diagnosticadas anualmente com a doença.
O que é o câncer de ovário?
O câncer de ovário é caracterizado pelo crescimento anormal de células nos ovários, órgãos responsáveis pela produção de hormônios femininos e óvulos. Ele pode se desenvolver de forma silenciosa e, muitas vezes, os sintomas só aparecem em estágios mais avançados, dificultando a cura.
Sintomas e fatores de risco
Os sinais mais comuns são inchaço abdominal persistente, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para se alimentar ou sensação de saciedade rápida, alterações urinárias. Entre os fatores de risco, estão a idade superior a 50 anos, histórico familiar de câncer de ovário, mama ou colorretal, mutação genética (como BRCA1 e BRCA2), terapia hormonal pós-menopausa e infertilidade ou ausência de filhos.
Diagnóstico e o papel dos exames de imagem
O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento e a medicina nuclear tem desempenhado um papel cada vez mais fundamental no rastreamento, estadiamento e acompanhamento do câncer de ovário. A avaliação clínica é normalmente acompanhada de exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal e tomografia computadorizada. Segundo especialistas da Clínica Villela Pedras, referência em medicina nuclear, o PET/CT detecta alterações metabólicas nas células cancerígenas antes mesmo de ocorrerem mudanças anatômicas visíveis em outros exames de imagens. Além disso, o acompanhamento desta tecnologia é fundamental para avaliar a resposta ao tratamento, detectar recidivas e auxiliar no planejamento terapêutico com maior precisão.
Tratamento
O tratamento do câncer de ovário pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, terapias-alvo. A escolha depende do estágio da doença, da idade da paciente e de outros fatores clínicos. A medicina nuclear também pode ser utilizada para avaliar a eficácia do tratamento em tempo real, ajustando estratégias conforme a resposta do organismo.
Conscientização salva vidas
Diante da agressividade da doença e dos desafios no diagnóstico, a informação e a prevenção são aliadas essenciais. A detecção precoce pode aumentar significativamente as chances de cura, por isso, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais do corpo e mantenham seus exames ginecológicos em dia.
Neste mês de conscientização, especialistas reforçam que a união entre tecnologia, medicina de precisão e atenção à saúde da mulher pode transformar a realidade do câncer de ovário, promovendo diagnósticos mais assertivos e tratamentos mais eficazes.
Fonte: Thayane Tavares