Por: Cláudio Castro Governador do Estado do Rio de Janeiro
O telefone tocou 526 vezes nas últimas 24 horas. Em cada uma delas, havia uma voz aflita, com um pedido desesperado e urgente de socorro. O que parece enredo de seriado de TV é a rotina real do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Estado do Rio de Janeiro. Mais do que heroísmo, esse é um atendimento que exige muito preparo profissional e que requer investimento para que o auxílio chegue em minutos, a tempo de salvar vidas. Um sistema de saúde pública fortalecido protege a todos!
Não há sombra de dúvida, então, de que destinar recursos para que todos os 92 municípios do Rio tenham o Samu implantado é uma política pública das mais relevantes. É o que o Governo do Estado está fazendo nesse momento, percorrendo cada uma das regiões para distribuir 249 UTIs móveis, no valor de R$ 87,4 milhões, por meio do programa “Samu 100% RJ”. Também estamos investindo na ampliação das bases descentralizadas e implantação do serviço em todas as cidades.
Além de pagar integralmente o custeio do serviço por um ano aos municípios que ainda estão implantando o atendimento, a Secretaria de Saúde dobrou o valor pago àqueles que já prestam o atendimento, cobrindo as parcelas do Estado e das prefeituras. Com isso, é possível assegurar os recursos necessários para a expansão do programa ao garantir 100% do custeio até que as prefeituras consigam habilitação e financiamento federal.
Esta é parte de uma ação que tem efeito imediato na vida das pessoas e que integra um planejamento de visão mais ampla. Destinar recursos para a saúde não é gasto, é investimento. Para além do foco principal – a cura de
enfermidades e a promoção do bem-estar com ações preventivas -, esse investimento também é salutar para a economia do estado. Estudos apontam que, para cada R$ 1 de demanda final na saúde, acrescentam-se R$ 2,86 na economia brasileira em geral, por efeitos diretos e indiretos. Quando investimos em saúde, investimos na população e, consequentemente, na força de trabalho e na geração de renda, o que impulsiona a economia e contribui para o crescimento do estado.
Já aplicamos mais de R$700 milhões na construção, reforma e ampliação de 51 unidades de saúde da rede SUS, incluindo as municipais, para melhorar o atendimento em todas as regiões do estado e evitar que as pessoas tenham que sair das suas cidades em busca de tratamento médico. E em nosso planejamento, ainda estamos prevendo a reformas das UPAs.
Também acabamos de entregar a obra de ampliação do Instituto Estadual do Cérebro, dobrando a capacidade de atendimento em neurocirurgia, com o uso de equipamentos médicos de última geração, e oferecendo um tratamento de alta qualidade, capaz de salvar milhares de vidas.
Quando o governo do Rio de Janeiro realiza a maior aquisição de ambulâncias com UTI da história do SAMU, é um sinal claro de que temos um compromisso com a luta pela vida. E, em situações de urgência, salvar alguém requer, sobretudo, agilidade.
Não se trata apenas de mais uma ambulância, mas da possibilidade real de fazer diferença para a sobrevivência de quem precisa de ajuda e, muitas vezes, tem só um telefone como recurso. Temos o maior sistema público de saúde do mundo e geri-lo é um enorme desafio, que exige de nós parceria, planejamento estratégico e inovação. Acima de tudo, vontade de fazer. Estamos realizando!