Se o caminho mais fácil, ou mais curto, é uma linha reta, não é exatamente disso que se trata aqui. Pois a poesia é justamente aquilo que multiplica os caminhos, é a curva que nos leva ao mistério, ao inesperado. Uma mesma coisa pode ser olhada de maneiras diferentes, escreve Fernanda Oliveira. E é seu olhar sobre a vida, sobre o amor, sobre si mesma, sobre os relacionamentos, multiplicado de tantas maneiras pela construção poética, pelo verso, pela palavra, que ela compartilha com o leitor – às vezes com uma doçura singela, às vezes com a força de um grito, outras vezes com uma verve quase filosófica, mas sempre desbravando novos sentidos e sentimentos, descobrindo novas cores em cada emoção, cada sonho, cada vivência. Com ele, eu posso ser eu / Com ele, eu posso ser mais que eu. É esse o presente que a poeta nos oferece: o de ir além, o de se descobrir também no outro, e com ele poder seguir ainda mais além. Pelas curvas do caminho, por onde elas nos levem, pelos novos e velhos lugares, sentimentos e mistérios. A curva da poeta é assim: ela nos leva cada dia mais longe, nem sempre pelos caminhos mais fáceis, mas por aqueles mais belos que podemos descobrir
A única coisa que estava de errado comigo
Era eu achar que eu estava errada
Isso foi a vida inteira praticamente
Eu sempre atrás desse erro
Em mim.
Fernanda Oliveira nasceu no Rio de Janeiro em 1973. É autora de Os olhos e o quadro, Música no silêncio, Coisas no meio do caminho, Manhã quase tarde, Inverso, Vida na margem, Páginas, Rodamoinhos, Recortes, Carretel, Caracol, Lampejo, Comigo, No meio do lado, Forma, Leque, Tecla e Feitio, Na beira, Acaso e Buquê.
Número de páginas: 160 p.
Preço: R$ 45,00
Gênero: Poesia
Leitor: Público geral
Seção sugerida: Poesia brasileira
Formato: 14×21 cm
Tipo: Brochura
Fonte: Juliana Sampaio